Chapa Ousar e Lutar é respaldada pelos jornalistas cearenses

A Chapa “Ousar e Lutar – Sindjorce de Todes” foi respaldada por 88,96% dos votos nas eleições do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), realizadas de 16 a 18 de julho. Rafael Mesquita foi eleito para um mandato de três anos (2019/2022). Dos 453 profissionais aptos ao voto, 290 (64%) participaram do processo. A única chapa inscrita obteve 258 votos. Foram registrados 26 votos em branco e um nulo.

O trabalho de apuração foi coordenado pelo presidente da Comissão Eleitoral, Tarcísio Aquino, assessor de Comunicação da CUT-CE. A agilidade na obtenção dos resultados foi possível pelo trabalho dos integrantes da Comissão: Lúcia Estrela (secretária), Thiago Marinho, Adriana Carvalho e Cláudia Melo.

Pela primeira vez na história do Sindjorce, houve votação fora da Capital cearense. Uma urna itinerante percorreu os locais de trabalho na Região do Cariri que, a partir dessa nova gestão, passa a contar com uma Seção Regional, a ser comandada pelos jornalistas Elizangela Santos e Kennedy Saldanha.

Também pela primeira vez em 66 anos do Sindicato, a direção do Grupo O Povo impediu a coleta de votos na sede da empresa. O flagrante e desrespeitoso caso de prática antissindical joga o periódico da família Dummar na vala comum das empresas que tentam frustrar a vontade coletiva dos trabalhadores e a democracia sindical. Dois dirigentes do Sindjorce e uma candidata da chapa única chegaram a ser expulsos da recepção do jornal.

Comissão Estadual de Ética

Além da Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Seção Regional do Cariri e Delegados Junto à FENAJ, os jornalistas cearenses elegeram cinco membros para a Comissão Estadual de Ética: Telma Costa (209 votos), Iracema Sales (191 votos), Conceição Rodrigues (187 votos), Ivan Moura (167 votos) e Paulo Rogério (156 votos). Todos eram candidatos da Chapa “Ousar e Lutar” e disputaram com quatro profissionais que lançaram candidaturas avulsas ao colegiado: Ana Alice Nogueira (77 votos), Angela Marinho (114 votos), Anderson Sandes (108 votos) e Rita Silveira (64 votos).

Presidente conclama categoria à unidade

Em sua fala, Rafael Mesquita agradeceu o apoio do movimento sindical cearense para a realização das eleições do Sindjorce a cada três anos e da Comissão Eleitoral que conduziu o pleito. “É muito difícil fazer um processo eleitoral de uma base pequena e, ao mesmo tempo, pulverizada no Estado”, observou.

O presidente do Sindjorce, que também foi eleito para o Departamento de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da FENAJ, destacou que o grupo constituiu, ao logo desses últimos três anos, uma grande mobilização para garantir não só um Sindicato representativo e forte – o que foi comprovado nessa eleição – mas, ao mesmo tempo, uma organização que pudesse colocar os jornalistas em primeiro plano.

“Os jornalistas do Ceará, com muita coragem, vieram votar, mesmo sofrendo grandes pressões. A gente vem sofrendo as práticas antissindicais piores da nossa história. Vivemos os piores patrões da nossa história: demissões coletivas, assédios, demissões imotivadas, tentativas de defenestrar dirigentes sindicais de seus espaços de trabalho. Foi muito difícil colher os votos dos jornalistas porque eles estavam sendo pressionados nas redações a não votar nas eleições. Eu destaco aqui o Grupo o Povo como maior violador de direitos sindicais nesse eleição”, destacou Mesquita.

Para o presidente, o grupo agora vai liderar uma luta muito difícil. “Porque nós vivemos os piores anos depois da ditadura: o conservadorismo misturado com práticas ditatoriais, fascismo social implantado no Brasil, e um Estado antipovo que promove a exceção com o corte de direitos completo. Nesse momento de barbárie civilizatória, eu conclamo os jornalistas cearenses a se unirem, que nos fortaleçamos juntos, para constituir uma grande batalha em defesa da nossa profissão”, comentou.

 

 

 


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