Fortaleza registrou aumento de 3,45% na compra de espaços publicitários em 2015, em comparação com o ano anterior. De acordo com dados da Kantar IBOPE Media, que monitora o investimento bruto em publicidade em 41 praças espalhadas pelo Brasil, os veículos cearenses movimentaram o equivalente a R$ 2,995 bilhões em anúncios de janeiro a dezembro de 2015, diante de R$ 2,895 bilhões no ano anterior (clique na tabela para ampliar). Os valores desconsideram descontos e negociações e estão deflacionados.
Em 2015, a compra de espaços publicitários nos meios e veículos auferidos pela Kantar IBOPE Media representaram o equivalente a R$ 132 bilhões, montante 9% superior ao que foi movimentado no ano anterior. Esse valor está baseado no monitoramento do espaço ocupado em mais de 600 veículos e em suas tabelas de preço, desconsiderando descontos e negociações.
Mercado brasileiro de publicidde cresce mais que o PIB
De acordo com o levantamento, comparando o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e a evolução na compra de mídia, nos últimos quatro anos, identifica-se que o mercado publicitário brasileiro tem um comportamento superior à economia como um todo. Em 2015, enquanto a estimativa é de uma queda de 3,9% no PIB, a comercialização de espaço publicitário no país cresceu 9%.
“O resultado anual mostra que a indústria de comunicação conseguiu sustentar seus investimentos, porém, é possível observar que alguns setores ficaram mais sensíveis à crise”, afirma o Kantar, no estudo “Retrospectiva e Perspectivas 2015 – Compra de Espaço Publicitário”.
Em dólares, o custo de mídia representou o equivalente a US$ 39,8 bilhões. Comparando esse resultado a países da América Latina, o mercado publicitário brasileiro seria a 87ª economia do mundo e estaria à frente de países como Bolívia e Paraguai.
Televisão lidera preferência
A TV foi o principal destino das verbas de publicidade em 2015, somando TV aberta, paga e merchandising. O meio atraiu mais de 2/3 da verba de mídia, com 70% de share no total. A TV aberta concentrou R$ 69,9 bilhões (53%), ao passo em que a TV por assinatura ficou com R$ 15 bilhões (11%). Já o merchandising abocanhou R$ 6,9 bilhões (5%).
Dentro da TV aberta, entre os gêneros que atraem o maior volume de anunciantes estão: jornalismo (28% de participação), novela (21%) e programas de auditório (12%). O dado desmente o discurso de crise generalizada no jornalismo pelos donos de veículos de comunicação.
O meio jornal (impresso) recebeu, em 2015, o equivalente a R$ 16,8 bilhões. Dentre os formatos comerciais mais utilizados, noticiários representam 89% do espaço ocupado, seguido de grandes classificados (9%) e informe publicitário (1%).
Os investimentos destinados às campanhas de rádio, por sua vez, somaram R$ 5,1 bilhões em 2015, volume 2% superior ao registrado em 2014. Para o Kantar, o rádio vem num patamar de investimento nessa margem nos últimos dois anos.
