O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) é uma das mais importantes entidades de representação de trabalhadores no país, integrando a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), e depende da contribuição de associados para manter seu trabalho em defesa dos direitos e de novas conquistas para a categoria. Com as mudanças na legislação trabalhista, é preciso fortalecer a organização de classe, em um contexto em que a atuação sindical será mais necessária do que nunca.
Por isto, a diretoria está visitando os locais de trabalho e recolhendo autorização de todos os jornalistas – sindicalizados ou não – para recolhimento da Contribuição Sindical, que deixou de ser compulsória. A receptividade da categoria tem sido positiva, com praticamente 100% de adesão nas redações do Grupo O Povo, do Sistema Jangadeiro e do jornal O Estado.
Impedida de ter acesso à base no Sistema Verdes Mares, a diretoria do Sindjorce tem encontrado dificuldade de dialogar com os profissionais do Diário do Nordeste, da TV Diário, da TV Verdes Mares e da Rádio Verdes Mares para explicar a situação financeira do sindicato. Cabe destacar que a crise de manutenção dos sindicatos não é uma realidade apenas no Ceará – e nem só dos jornalistas – mas de todas as entidades representativas de trabalhadores do país.
Em 2017, vivenciamos a retirada dos direitos dos trabalhadores com a reforma trabalhista, a terceirização irrestrita e os arrochos salariais. A ação orquestrada pelo governo, com apoio do empresariado, inclusive dos chamados donos da mídia, trouxe graves consequências para a classe trabalhadora. Um dos impactos da Lei 13.467/2017 foi a desestruturação das organizações sindicais brasileiras, com as alterações no imposto sindical e a limitação de mecanismos de financiamentos diretos, como as contribuições assistenciais.
A diretoria do Sindjorce vem, há mais de um ano, adotando medidas frente a este novo cenário de crise financeira, como a renegociação de contratos com a assessoria contábil e, mais recentemente, com o Dieese. Além disso, vem promovendo a redução de despesas com materiais e fornecedores, numa estrutura que já era bastante enxuta. Tudo isso, sem deixar de fazer a ação sindical firme, com a realização das campanhas salariais de mídia impressa e eletrônica, a interiorização das atividades e até mesmo o nosso Congresso Extraordinário, que serviu de balizador das ações em prol dos operários da notícia.
No entanto, precisamos ainda mais de cada um dos jornalistas cearenses. O Sindjorce representa mais de um terço do total da categoria no Estado. A entidade garante a defesa dos direitos dos jornalistas cearenses há 64 anos, não apenas nas campanhas salariais, mas também durante todo o ano com cursos, debates, manifestações, protestos, negociações com setores específicos e com as direções dos veículos de impresso e rádio e TV, além de imensa atuação na área jurídica, por meio de assessoria trabalhista.
Nesse momento, em que o governo segue tentando aprofundar o seu ajuste fiscal, por meio da Reforma da Previdência em tramitação na Câmara dos Deputados, nós jornalistas precisamos atuar de forma mais forte e unificada, para combater os efeitos dessas medidas em curso. Nesse sentido, é necessário e urgente o fortalecimento do nosso Sindicato, por meio da ampliação das filiação da categoria, a volta dos que hoje se encontram inadimplentes e a participação de todos em nossas atividades. Por isso, quem sempre esteve do seu lado, precisa de você para continuar a defender nossos direitos!
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