Jornalistas empregados em emissoras de rádio e televisão no Ceará aprovaram, em assembleia realizada no dia 27 de dezembro, na sede do Sindicato da categoria (Sindjorce), a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2017 do segmento de mídia eletrônica. Entre os dez itens do documento, destaque para o reajuste linear de 12,29% (pisos e demais salários), além do mesmo percentual para Reportagem Especial e Seguro de Vida.
“As categorias com data-base em janeiro estão pleiteando, em média, reajustes salariais de 12%, levando em conta a previsão de INPC mais ganho real”, afirma o supervisor técnico do Dieese no Ceará, Reginaldo Aguiar. Desta forma, o piso de rádio e TV reivindicado é de R$ 2.763,68. O reajuste incide sobre os salários de dezembro de 2016.
Entre as cláusulas sociais, os trabalhadores reivindicam licença paternidade de 10 dias (pai biológico e adotivo), Vale Cultura (no valor facial de R$ 50,00) e mantêm a reivindicação por mais segurança para a categoria por meio da criação de Comissão de Segurança (compostas pelos jornalistas) nas redações, fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) e realização de capacitação envolvendo o treinamento especializado e a conscientização da adoção de EPIs.
“A segurança faz parte da pauta de reivindicação da categoria no Ceará desde junho de 2013, quando houve crescimento nos casos de agressão contra jornalistas no exercício profissional em todo o país. Fomos o primeiro sindicato a reivindicar procedimentos de proteção em convenção coletiva”, afirma a presidente do Sindjorce, Samira de Castro. Após várias campanhas, algumas empresas jornalísticas adotaram o uso de EPIs, mas fora de CCT e de maneira despadronizada.
A pauta de reivindicações da Campanha Salarial de Mídia Eletrônica 2017 foi enviada aos patrões em dezembro. O Sindjorce aguarda reunião com o Sindatel para dar início às negociações.
