Jornalistas sinalizam dissídio caso resposta de jornais e revistas não aconteça até 14 de agosto

O Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce) realizou, na noite da última terça-feira (06/08), Assembleia Geral Extraordinária que deliberou sobre a eleição de delegados para o 38º Congresso Nacional dos Jornalistas e sobre as Campanhas Salariais 2018/2019 e 2019/2020 de jornalistas empregados em jornais e revistas.

O presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita, e a secretária-geral da entidade, Luizete Vicente, conduziram os trabalhos, que foram iniciados com a eleição de delegados do Ceará para 38º Congresso Nacional dos Jornalistas, que ocorrerá em Fortaleza/CE, de 22 a 24 de agosto, e que tem como tema “Afirmar o jornalismo e o papel dos jornalistas”. Conforme circular da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que organiza o evento junto ao sindicato local, o Estado pode indicar até cinco delegados. Submeteram seus nomes Claudiane Lopes, Mariana Cunha, Polianna Uchoa, Tarcísio Aquino e Elizangela Santos, esta última por meio de correspondência enviada anteriormente, para figurar como representante da Regional do Cariri. Em votação, o plenário do encontro aclamou a indicação dos nomes.

Na sequência, os jornalistas apreciaram as questões relacionadas aos dois ciclos de campanha salarial de jornais e revistas. O primeiro, com data-base em 1º de setembro de 2018, segue em aberto após 15 rodadas de negociação e uma série de mobilizações realizadas.

Marcada por muita pressão das empresas para a retirada de direitos, a atual mediação salarial foi delimitada por longos episódios de impasse. Havia a expectativa de que o Sindjorce tivesse recebido comunicado do Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas do Ceará (Sindjornais) sobre a última proposta laboral, apresentada na negociação de 31 de julho, realizada na Superintendência Regional do Trabalha no Ceará (SRTE-CE).

A proposição dos trabalhadores condicionava o aceite da alteração nos percentuais dos adicionais de fotos e ilustrações negociadas, da matéria paga e da multa por descumprimento à manutenção de cláusulas como diária de viagem, auxílio creche, adicional da área policial (limitado a dois repórteres) e adicional de hora-extra. Nestes termos, também acolheriam a proposta de reajuste pelo índice do INPC, de 3,65%. Embora os representantes das empresas tivessem afirmado naquela data que era o momento de finalizar a campanha, a resposta dos empresários não chegou até a realização da assembleia, contrariando o que havia sido consignado em ata.

Conforme Rafael Mesquita, o representante do Sindjornais, Neto Medeiros, entrou em contato para afirmar que a reunião programada para segunda (05/08) não obteve quórum e que a consulta sobre as propostas seria feitas individualmente às empresas.

Com a ausência de respostas e com a rodada final de negociação marcada para 14 de agosto, quando acreditava-se que poderia ser somente a data de assinatura da celebração do acordo, a assembleia deliberou por autorizar previamente a instalação do dissídio coletivo mas, neste caso, o ingresso de petição na Justiça do Trabalho só seria feito se não houver resposta ou bom termo na reunião marcada para a próxima semana.

Embora com deliberação firme e definitiva, os jornalistas foram cautelosos e vão aguardar até 14 de agosto para dar um encaminhamento decisivo a este processo, bastante desgastante para a categoria, uma vez que as empresas atuaram para desestabilizar, atrapalhar e impedir as reivindicações e mobilizações dos jornalistas de mídia impressa.

Tanto o presidente da entidade, como o assessor jurídico, advogado Carlos Chagas, avaliaram que ao longo de 14 meses foi a classe jornalística que deu provas de que negocia e cumpre a palavra. “Entendemos que é o momento da construção de consensos e de acordos, mas estaremos também preparados para lutar até o fim por nossos direitos, caso o diálogo seja esgotado definitivamente. Chegamos até aqui com muita coragem e levaremos, até o fim, a nossa bandeira de nenhum passo atrás”, enfatiza Rafael Mesquita.

Aberta Campanha Salarial 2019/2020

Já para a Campanha Salarial 2019/2020 de Jornais e Revistas, foi aprovado o estado de assembleia permanente, a autorização para que a diretoria do Sindicato, na hipótese de frustrada a negociação, instaure o processo de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho e a autorização para a diretoria do Sindjorce instaure processo de negociação coletiva com as entidades patronais.

Os representantes dos trabalhadores devem oficiar o Sindjornais sobre as propostas da pauta de reivindicações do novo período, que estarão vinculadas às decisões sobre as demandas da data-base anterior.


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