Mídia Impressa: Jornalistas aprovam estado de greve no O Povo e O Estado

Os jornalistas das redações de O Povo e O Estado decidiram, na última quarta-feira (05/07), entrar em Estado de Greve para pressionar as empresas de mídia impressa a iniciarem as negociações da Campanha Salarial 2016/2017. Depois de 68 dias do envio da pauta de reivindicações ao sindicato patronal do segmento, os donos de jornais e revistas seguem sem dar qualquer resposta à categoria.

A primeira atividade do Estado de Greve acontecerá na quarta-feira, dia 12 de julho, às 17h, no jornal O Estado. O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) vai distribuir abacaxis e cachorros quentes, uma forma irreverente de protestar contra a postura patronal de não dialogar com os jornalistas, tratando com absoluto desdém as reivindicações dos trabalhadores.

“Todo diálogo é admissível. Só não é admissível o não-diálogo”, afirmou um profissional do Estado, sobre a atitude dos patrões que simplesmente silenciaram sobre a proposta de reajuste apresentada pela categoria no dia 3 de maio. “Se não querem nos escutar, vamos partir para outras ações”, acrescentou outro jornalista.

No ofício enviado ao presidente do sindicato patronal, Victor Chiddid, no dia 3 de maio, a Diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) solicitou o agendamento de reunião para início das negociações. Até o momento, o representante patronal permanece calado. Os jornalistas reivindicaram 20,45% de reajuste salarial linear, que presenta a inflação de 9,62% da data-base 1º de setembro de 2016 somada às perdas salariais decorridas do reajuste de 7% que foi aplicado sobre os salários de janeiro de 2017.

“Claro que tínhamos que partir de um índice, e a proposta inicial leva em conta a perda salarial calculada pelo Diesse. Não entendo como não apresentam uma contraproposta sequer”, disse uma jornalista da redação de O Povo.

Na avaliação da presidente do Sindjorce, Samira de Castro, a insatisfação da categoria é cada vez mais forte. “A que ponto chegamos? Os trabalhadores têm de declarar Estado de Greve para ter o direito à negociação coletiva. Isso é absurdo! É uma prova cabal de que os donos dos veículos de comunicação do Ceará ainda pensam viver no século XVII, num mundo de servidão”, afirma.


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