Agora não tem mais desculpa: diante da alegativa do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas (Sindjornais) de que não possuía ingerência sobre informações dos seus associados, o procurador Cláudio Alcântara Meireles, do Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT 7ª Região), requisitou diretamente aos jornais Diário do Nordeste, O Estado e O Povo, a apresentação dos balanços financeiros dos últimos três anos, num prazo de 10 dias.
A medida atende procedimento de mediação solicitado pelo Sindjorce ao MPT para tentar fechar a Campanha Salarial 2014/2015 de Mídia Impressa, que se arrasta desde agosto do ano passado, por responsabilidade do sindicato patronal, que faltou ou adiou várias mesas de negociação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE). O negociador patronal chegou a falecer durante as negociações, dificultando ainda mais o desenrolar da campanha, já que o presidente do Sindjornais, Edilmar Norões, não participa das mesas de negociação.
Os donos dos jornais insistem em proposta de reajuste rebaixada no piso e demais salários, alegando que a categoria aceita reajustes menores em outros estados. O Sindjorce, por sua vez, solicitou ao Dieese um estudo comparativo das convenções e acordos coletivos vigentes nos 31 sindicatos da categoria existentes no Brasil. O levantamento mostrou que, em alguns estados, os jornalistas recebem o chamado salário indireto, ou seja, benefícios sociais que contribuem para a sua renda, como adicionais por tempo de serviço (anuênios, quinquênios), vale alimentação, 50% do plano de saúde familiar custeado pelas empresas e participação nos lucros e resultados.
Há uma previsão de fechamento do valor do reajuste? Qual o último percentual oferecido pelo sindicato patronal? Dependo deste valor para solicitar meu reajuste como assessora de imprensa. Não obtive reajuste em 2014 e hoje é a data base de 2015… Como proceder?