Pretos ou pardos são 63,7% dos desocupados no Brasil

Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre de 2017, aponta que, dos 13 milhões de brasileiros desocupados, 8,3 milhões eram pretos ou pardos, ou seja 63,7%. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o rendimento dos trabalhadores pretos e pardos também era menor: R$ 1.531, enquanto o dos brancos era de R$ 2.757.

Dos 23,2 milhões de empregados pretos ou pardos do setor privado, apenas 16,6 milhões tinham carteira de trabalho assinada. Outro dado relevante da pesquisa é que a participação dos trabalhadores pretos e pardos era superior à dos brancos na agropecuária, na construção, em alojamento e alimentação e, principalmente, nos serviços domésticos. A pesquisa do IBGE aponta também que somente 33% dos empregadores são pretos ou pardos.

O emprego doméstico no Brasil ainda tem vestígios das heranças escravocratas e os dados da PNAD Contínua apontam que os pretos e pardos representavam 66% dos trabalhadores domésticos no Brasil. De acordo com Secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo Júnior, o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta segunda-feira, dia 20 de novembro, é mais um dia para discutir a luta contra o racismo.

“Ela serve para que nós possamos realmente mostrar através, não só de um dia, todos os dias são dias de consciência negra, todos os dias são dias de reflexões, mas, principalmente, é um dia de nós contarmos a história realmente do negro no Brasil. Temos vários líderes negros, negras, que realmente se sacrificaram para que nós pudéssemos discutir estas questões ligação a importância da luta contra o racismo.”

Para a diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), diante da cruel conjuntura em que vivemos, que tem como alicerce o golpe de 2016, as reflexões do 20 de novembro se fazem tão necessárias para todos e todas que aspiram uma sociedade mais justa. A nossa luta contra o racismo, o genocídio do povo negro, o feminicídio, o machismo, o etnocídio, a LGBTfobia, o racismo religioso, o encarceramento em massa e todas as formas de violência e violação dos direitos humanos se tornaram ainda mais pungentes neste cenário de retrocesso civilizatório do Brasil de 2017. Mais do que nunca podemos afirmar que a população negra resiste!

 

Com informações do Diap


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