O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) iniciou as visitas aos locais de trabalho como parte das atividades da Semana de Mobilização dos Jornalistas do Ceará. A iniciativa tem como objetivo denunciar os entraves nas negociações das campanhas salariais de Mídia Impressa 2015/2016 e Mídia Eletrônica 2016. Na primeira, ignorando completamente abaixo-assinado dos jornalistas das redações do Diário do Nordeste, O Povo e O estado, os patrões ofereceram reajuste de 5%, que não repõe sequer as perdas inflacionárias da data-base de 1º de setembro de 2015, de 9,88%. E ainda propuseram o pagamento do retroativo parcelado em quatro vezes.
Na terça-feira (21/09) foram visitadas as redações do jornal O Estado e do Governo do Estado (Palácio da Abolição), além da distribuição de informes na porta do Sistema Verdes Mares, onde o Sindicato vem sendo barrado e impedido de ter acesso às redações há mais de um ano.
Na quarta-feira (22/09), pela manhã, os jornalistas cearenses participam do Dia Nacional de Paralisação contra as medidas do Governo Federal que atacam a classe trabalhadora, como a flexibilização da CLT, a reforma da previdência e os projetos de lei em discussão no Congresso que congelam o gasto público e provocam retração de direitos.
Os dirigentes do Sindjorce denunciaram, no ato realizado em frente a agência do Banco do Brasil na Avenida Duque de Caxias, o arrocho salarial que os jornais do estado querem impor aos profissionais de imprensa. As agendas do chamado “esquenta para a greve geral” estão incluídas na Semana de Mobilização dos Jornalistas do Ceará, que levanta a bandeira da valorização profissional da categoria.
No início da tarde do dia 22/09, diretores do Sindjorce participaram de ato realizado pelas centrais sindicais na Avenida Borges de Melo, em frente à Oi Contax, que emprega operadores de serviços de telemarketing. Como na atividade da manhã, o ato também foi acompanhado por movimentos sociais ligados a mulheres, estudantes, defesa de moradia digna e juventude.
Também à tarde, o Secretário-geral do Sindjorce, Rafael Mesquita, participou de audiência pública que debateu a PEC 241, que propõe limitar pelos próximos 20 anos o aumento dos gastos públicos de um determinado ano à inflação do ano anterior. O movimento sindical reprime duramente a medida, que abre caminho para a destruição de toda a Ordem Social inscrita na Constituição.
A Emenda Constitucional é um crime de lesa pátria, porque se insere na operação desmonte das políticas que protegem os mais pobres, como se insere também numa política de desmonte do Estado brasileiro. A peça legislativa atingiria de morte os principais direitos dos funcionários públicos de todas as esferas.
