Sindjorce convoca assembleia para discutir campanhas salariais de mídia impressa

anuncio-assembleia-geral-extraordinaria-pauta-de-reivindicacoes-e-discussao-sobre-a-campanha-salarial-2015-2016-jornais-e-revistasPatrões emperram as negociações da Campanha Salarial 2015/2016 de Mídia Impressa e dão o silêncio como resposta aos jornalistas cearenses. É hora de os jornalistas aumentarem a mobilização em busca de reajuste digno. Por isso, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) convoca os profissionais empregados em jornais e revistas para Assembleia Geral Extraordinária, nesta quinta-feira, dia 17 de novembro, às 19 horas (primeira convocação), na sede da entidade, para discutir saídas para as campanhas salariais de mídia impressa.

Apesar do crescente custo de vida na Capital cearense, os patrões se recusam a repor a inflação da data base do segmento de mídia impressa, que foi de 9,88% – o que reflete a ganância dos empresários e seu desrespeito com os jornalistas. O percentual ofertado pelos jornais Diário do Nordeste, O Estado e O Povo é de 5%, com pagamento do retroativo parcelado em quatro vezes.

“Os empresários – e seus prepostos – têm sido intransigentes nas últimas campanhas salariais. Nessa, o descaso é gritante. Não há sequer resposta. É como se nada tivesse acontecendo. A proposta de reajuste no piso e demais salários é puro desrespeito com os jornalistas”, comenta a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

Os patrões insistem no discurso de crise. Alegam redução nos lucros das empresas com faturamento publicitário. No entanto, têm crescido os ganhos na internet – terreno para onde as redações cearenses se expandem com vigor. Um levantamento do Dieese, levando em conta que 70% da categoria ganha o piso salarial, mostra que o impacto da reposição da inflação de 9,88% nas redações é de pouco mais de R$ 22 mil. Não é esse valor que vai tirar as empresas da crise.

Por outro lado, os jornalistas seguem em processo de empobrecimento. Em outubro, a cesta básica de Fortaleza atingiu R$ 415,41 – uma alta de 21,21% no acumulado do ano. De acordo com o Dieese, o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 4.016,27.

Em ofício enviado aos dirigentes dos jornais Diário do Nordeste e O Povo, respectivamente nos dias 8 e 11 de novembro, a Diretoria do Sindicato cobra de cada empresa uma posição para levar à base. “É hora de união e mobilização dos jornalistas por melhores salários”, afirma a presidente do Sindjorce, que conversou pessoalmente com o superintendente do jornal O Estado, Ricardo Palhano, na quinta-feira, dia 10 de novembro.

piso-dignoPASSO A PASSO DA CAMPANHA SALARIAL

18 de dezembro de 2015 – Homologada a CCT 2014/2015, com reajuste salarial de 7,95% para o piso e 7,63% para os demais salários – retroativo a 1º de setembro de 2014.

14 de janeiro de 2016 – Patrões desmarcam primeira rodada de negociação que aconteceria no MPT da Campanha Salarial 2015/2016. Categoria pleiteia reajuste de 12,32%.

29 de fevereiro – Patrões oferecem 5% de reajuste, com retroativo a setembro de 2015 parcelado em junho e setembro de 2016. A inflação da data-base foi de 9,88%.

4 de abril – Empresas voltam a apresentar a mesma proposta, alegando que esperavam reação da economia em março, mas não houve. Procurador encerra mediação, alegando que não há boa vontade dos prepostos dos jornais.

6 de julho de 2016 – Sindjorce solicita reunião com sindicato patronal para apresentar abaixo-assinado dos jornalistas solicitando a reposição da inflação.

15 de julho de 2016 – Em reunião, presidente do sindicato patronal reforça proposta de 5% de reajuste, com retroativo parcelado em 4 vezes. O reajuste oferecido pelas empresas representa perda de quase 20% até julho de 2016

20 a 29 de setembro de 2016 – Jornalistas realizam Semana de Mobilização por Reajuste Salarial, com mobilização na porta do jornal O Estado, para “descomemorar a falta de reajuste salarial”, no dia 29/09.

30 de setembro de 2016 – Sindjorce envia ofício ao presidente do Sindjornais, informando que a categoria não aceita o reajuste de 5% e abre a possibilidade de discutir o pagamento do retroativo parcelado.

8 e 11 de novembro –  Sindjorce envia ofício aos diretores dos jornais Diário do Nordeste e O Povo, solicitando reunião para tratar da campanha salarial.

10 de novembro – A presidente do Sindjorce se reúne com o superintendente do jornal O Estado, Ricardo Palhano para solicitar um desfecho para a campanha salarial. Palhano ficou de consultar os demais integrantes do Sindjornais e cobrar uma posição.


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