Sindjorce defende proposta de rede de comunicação sindical em Congresso da CUT Ceará

Rafael Mesquita destacou que é necessário cada vez mais se produzir jornalismo nos sindicatos. Fotos: Marcos Adegas/Fetamce

O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) participou da  13ª Plenária/I Congresso Extraordinário da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE), realizado nos dias 9 e 10 de junho. A entidade contou com um delegado entre os 260 que foram credenciados no evento que aconteceu no Sindicato dos Bancários do Ceará.

 
Os jornalistas presentes entre os convidados, junto com o representante do Sindjorce, ajudaram a construir o Plano de Luta e Ação da CUT estadual para vencer os ataques previstos nas reformas trabalhista e previdenciária que visam a destruição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), do direito à aposentadoria e da Previdência Social. A elaboração do plano emergencial de lutas era um dos objetivos do Congresso.
 
Rafael Mesquita reforçou, durante dos debates, a necessidade de unidade no movimento sindical cutista para que se possa construir uma rede estadual de comunicação popular mantida pelas organizações de trabalhadores. O dirigente do Sindjorce destacou que é necessário cada vez mais se produzir jornalismo nos sindicatos, em detrimento da emissão meramente de opinião, de forma a aprofundar o debate público sobre pautas como a terceirização e as reformas, que são apresentadas pela grande mídia comercial como a solução para os problemas do país.
 
Sindjorce lança, no Congresso Extraordinário da CUT, as blusas #JornalistasPelasDiretasJá

“A gente precisa produzir cada vez mais experiências de comunicação para disputar a hegemonia com a mídia controlada pelo grande capital. É hora de multiplicar e melhorar o que já temos. Não adianta fazer um jornal com pautas frias, destacando coisas que já foram alvo de divulgação em outras mídias, por exemplo. É preciso usar nossa capacidade de construção coletiva. Hoje, depois dos governos, o movimento sindical é a principal força social com capacidade para fazer uma comunicação independente. Por isso, reforçamos em nossa fala durante o Congresso da CUT Ceará que temos que lutar e convencer os dirigentes a fazer jornalismo de forma profissional”, destacou Rafael Mesquita.

 
Entre as propostas apresentadas pelo Sindjorce, entrou em pauta a luta pela democratização da comunicação, com o objetivo de colocar na linha de frente das batalhas travadas pela Central e Sindicatos a defesa de um novo marco regulatório para o setor, que deve garantir o direito à comunicação e a liberdade de expressão de todos os cidadãos e cidadãs. Entre as iniciativas elencadas neste campo, ações, inclusive, junto ao Governo do Ceará, que objetivem reforçar o caráter público de toda a comunicação social feita no Estado.
 
O Sindicato também colaborou na construção de proposições que visem a promover a igualdade de oportunidades para trabalhadores e trabalhadoras negros e negras; gays, lésbicas, bissexuais e transexuais (LGBTs), mulheres, jovens e pessoas com deficiência, assim como o engajamento do movimento sindical na luta por justiça fiscal, que nada mais é do que o combate à desigualdade tributária imposta à população.
 
“Saímos do Congresso certos de que contribuímos para o fortalecimento de nossa Central, entendendo o papel que cada um de nós que fazemos a CUT no Ceará temos diante desta conjuntura perversa. Mais do que nunca, é preciso firmeza ideológica e fortalecimento da união dos sindicatos neste processo de resistência”, disse o delegado dos jornalistas. Rafael também desejou sucessos aos delgados eleitos para a etapa nacional da Plenária/Congresso, que acontecerá de 28 a 31 de agosto, em São Paulo (SP).
 
Saiba mais
 
O movimento sindical cutista é formado por cerca de 300 sindicatos filiados. Também participaram do congresso representações de movimentos sociais do Estado que compõem a Frente Brasil Popular. Conforme o presidente da Central estadual e também coordenador-adjunto do evento, Wil Pereira, a plenária se mostrou “um grande debate sobre conjuntura, estratégias, plano de lutas e o futuro da classe trabalhadora. Nossa palavra de ordem é, sobretudo, resistir. Diretas já e fora Temer!”, enfatizou.
 
A atividade ainda contou com a participação de Graça Costa, Sérgio Nobre e Rosanne Bertotti, que são, respectivamente, secretária de relações do trabalho, secretário-geral e secretária de formação da CUT Nacional.

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