Sindjorce e FENAJ repudiam ação da PM contra manifestantes e jornalista do Nigéria

Agressão Nigéria
Imagens do vídeo feito pelo Coletivo Nigéria no momento em que os policiais partem para o ataque ao grupo de manifestantes na Avenida Abolição

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar a ação truculenta da Polícia Militar do Ceará que resultou em agressões aos participantes da Marcha Antifascista em Fortaleza, além do cerceamento do trabalho do jornalista Yargo Sousa Gurjão, do coletivo de mídia independente Nigéria, no sábado (30/04).

Yargo Sousa Gurjão foi impedido de filmar a ação policial e ameaçado de prisão por integrantes do Comando Tático Motorizado (COTAM). O jornalista cobria a Marcha Antifascista – ato chamado pelas redes sociais “com o intuito de protestar contra o fascismo, racismo, machismo e outras formas de opressão, além de questionar o Estado e seus representantes”.

A atividade teve concentração na Praia de Iracema, com os participantes seguindo em passeata pelas avenidas Beira-Mar e Abolição. Conforme Yargo, no fim da manifestação, “que desde o início estava inteiramente pacífica, policias do COTAM atiraram bombas e balas de borracha contra os manifestantes e quem estava na rua naquele momento”.

A ação resultou na prisão de cinco jovens, além de vários feridos. Segundo testemunhas, alguns dos atingidos sequer estavam participando da manifestação. O jornalista afirma que tentou gravar o procedimento policial na Avenida Abolição, mas foi impedido de filmar, com ameaça de que o registro poderia justificar sua prisão.

“Tá  tirando foto de quê? Você é da imprensa? Me mostre sua carteira”, diz o policial para o jornalista independente. “Sou da imprensa, estou sem a minha carteira aqui. Sou jornalista independente. Sou freelancer”, afirma Yargo. “Se você não for da imprensa, você vai preso”, retruca o policial no vídeo do Nigéria.

O Sindjorce e a FENAJ reforçam a liberdade de expressão e o livre exercício profissional dos jornalistas – sejam eles empregados em veículos tradicionais ou integrante de coletivos de mídias independentes – como fundamentais para a consolidação de uma sociedade democrática.

A obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação é um delito contra a sociedade. Desta forma, as entidades representativas dos jornalistas exigem do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, a apuração da conduta dos policiais envolvidos na ação contra a Marcha Antifascista e o jornalista Yargo Gurjão.

 


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