Sindjorce e FENAJ repudiam agressões à jornalista Mari Rios

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar a atitude de torcedores do Ceará Sporting Club, que agrediram física e moralmente a jornalista Mari Rios, repórter da TV Vozão, durante  partida entre o time alvinegro cearense e o Flamengo, no domingo, dia 28 de abril.

Segundo relato da jornalista, ela foi agredida com “apertos no braço, dedo na cara e xingamentos de baixo calão”, na Arena Castelão, na partida que terminou com vitória da equipe do Rio de Janeiro por 3 a 0. “Sabe o pior? Tive que me calar!”, escreveu a jornalista em uma rede social. E encerrou com um apelo. “Torcedor, conviva com as derrotas e mais ainda respeite nós mulheres que trabalhamos no futebol”.

Infelizmente, a agressão a Mari Rios soma-se à estatística vergonhosa de ato machista e covarde contra mulheres profissionais de imprensa no esporte. Essa prática preconceituosa ao trabalho das mulheres no jornalismo esportivo está se tornando um hábito nefasto, que fere o direito à informação e espelha o ódio e o desrespeito cada vez mais presentes em determinados segmentos da sociedade.

Em março deste ano, mulheres jornalistas lançaram a campanha “Deixa ela trabalhar”, na qual denunciaram casos de assédio e violência contra as profissionais do jornalismo esportivo. As denúncias vieram com um pedido de respeito ao trabalho desempenhado e que não pode ser alvo de intimidações pelo simples fato de ser exercido por mulheres.

Segundo o Relatório de Violência e Liberdade de Imprensa da FENAJ, em 2017, pelo menos 30 mulheres jornalistas (23,08% do total de casos) foram vítimas de algum tipo de agressão. Embora sejam maioria na categoria, as mulheres ainda têm menos oportunidades de trabalho em cargos de chefia e ganham menos que os homens. São, ainda, vítimas de assédios moral e sexual. Por isso, as mulheres jornalistas permanecem em luta contra a opressão, a violência, a misoginia, o racismo e o sexismo.

O Sindjorce e a FENAJ condenam qualquer ato de violência contra jornalistas e demais trabalhadores, sejam agressões vindas de autoridades ou de populares, seja o abuso físico ou moral. Ao mesmo tempo, as entidades cobram do Ceará Sporting Club a apuração e punição dos agressores de Mari Rios.

 


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