Sindjorce e FENAJ repudiam demissões imotivadas no Sistema Verdes Mares

13162390_1050279198367394_1832483453_nO Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) repudiam a demissão imotivada de 12 jornalistas no Sistema Verdes Mares de Comunicação, ocorrida no início da semana. Os trabalhadores foram dispensados da TV Diário e do jornal Diário do Nordeste, que também desligou quatro estagiários. Fala-se em 23 demissões, ao todo, incluindo setores como o Marketing e Administrativo.

Da reestruturação administrativa ao cumprimento de metas orçamentárias, a priorização do faturamento das empresas, em detrimento do aviltamento da profissão de jornalista, é a regra. O grupo de comunicação da família Queiroz admite que determinadas demissões ocorreram pelo simples motivo de dispensar profissionais com mais tempo de serviço e salários maiores.

De janeiro a dezembro de 2015, o Diário do Nordeste demitiu sem justa causa 22 jornalistas, sendo dez deles no mês de novembro. Este ano, até abril foram quatro desligamentos imotivados homologados pela assessoria jurídica do Sindjorce.

No dia 2 de abril, o jornal de maior circulação do Estado anunciou aos leitores que deixará de veicular sua edição dominical, “reunindo o conteúdo de sábado e domingo numa superedição, publicada aos sábados”. A maioria dos repórteres só soube da mudança pelo anúncio veiculado no próprio jornal.

Em todo o Brasil, as empresas de comunicação utilizam as demissões frequentes como recurso administrativo para diminuição de custos e equacionamento da lucratividade, deixando a qualidade do jornalismo em segundo plano. Aos trabalhadores que permanecem empregados, resta a insegurança, o acúmulo de funções e o arrocho salarial.

O Sindjorce se solidariza com os trabalhadores demitidos sem justa causa e coloca a assessoria jurídica da entidade à disposição para esclarecimentos sobre direitos trabalhistas e pagamento de verbas rescisórias. Cabe lembrar que os jornalistas demitidos terão direito ao pagamento do reajuste salarial retroativo, respectivamente a 1º de setembro de 2015, data-base do segmento de mídia impressa, e 1º de janeiro de 2016, no de mídia eletrônica.

A superação dessa onda de demissões, bem como do quadro de precarização das relações de trabalho, requer ações na esfera econômica e política, envolvendo a sociedade civil e o poder público. No entanto, nada será conquistado sem a participação efetiva dos trabalhadores e de suas representações sindicais. Nesta perspectiva, o Sindjorce está organizando uma plenária para debater as demissões nas empresas de comunicação do Ceará com a categoria.


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