Sindjorce exige respeito e garantia de livre exercício profissional para os jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), mais uma vez, vêm a público exigir da sociedade cearense o respeito e a garantia de livre exercício profissional para os trabalhadores e trabalhadoras jornalistas, bem como para os demais profissionais da comunicação. Neste conturbado momento histórico, em que a população segue polarizada, a garantia às liberdades de expressão e de imprensa é inegociável e essencial à democracia.

Ressaltamos que a ação realizada pelos movimentos sociais e sindicais no Sistema Verdes Mares, no dia 7 de abril, não teve, segundo seus organizadores, o objetivo de atingir jornalistas e outros profissionais da comunicação. No entanto, tomamos conhecimento – e repudiamos – uma tentativa de intimidação a um estagiário do jornal O Povo que atua como repórter fotográfico e cujo nome será preservado. Além de trabalhar no fim de semana, o que é vedado pela Lei do Estágio, o jovem estava sem equipamento de proteção individual (EPI).

Lamentamos por eventuais prejuízos causados ao patrimônio do Grupo Edson Queiroz. Mas entendemos que o maior vandalismo é negar salários decentes e condições dignas de trabalho aos operários na notícia. Ressaltamos que o jornal Diário do Nordeste, pertencente ao Sistema Verdes Mares, se utilizava de mão de obra estudantil, naquele sábado (7/04), para cobrir a manifestação. O estagiário em questão também estava sem equipamento de proteção individual, o que efetivamente põe em risco a vida de um jovem ainda não habilitado para o exercício profissional.

Toda essa situação de violência que se materializa contra a mídia empresarial é resultado também da política das grandes empresas de comunicação, que adotam uma linha editorial de hostilidade contra as organizações populares. Tais empresas apoiam as medidas antipopulares de Michel Temer (MDB) e querem aplicar as “reformas” contra os seus trabalhadores. Por isso, os movimentos sociais e sindicais precisam diferenciar o trabalhador jornalista dos donos da mídia, e respeitar o trabalho do operário da notícia.

Destacamos, ainda, conforme preconiza o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que “a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura e a indução à autocensura são delitos contra a sociedade”. Sendo assim, também incorrem em violência contra a categoria os grupos de comunicação que sobrepõem seus interesses políticos e econômicos ao trabalho dos jornalistas, que deve se pautar pelo interesse público.

Frente à hostilidade contra o trabalho de jornalistas, combatida pelo Sindicato de forma incessante desde 2013, a entidade coloca todos os meios, materiais e jurídicos, à disposição de qualquer jornalista agredido durante o exercício laboral. Por fim, reforçamos novamente a necessidade de um Protocolo de Segurança, pactuado entre o Sindjorce, a FENAJ, o Governo do Estado e as empresas de comunicação, a fim de garantir as liberdades de expressão e de imprensa em sua plenitude no Estado do Ceará.


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