Sindjorce integra estudo internacional sobre trabalho dos jornalistas na Economia Digital

Convidados pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e Fundação Friedrich Ebert, representantes de nove países da América Latina participaram, de 9 a 12 de setembro, na da cidade de Buenos Aires, Argentina, do Seminário “Globalização, Mudança Tecnológica e Atores do Mundo do Trabalho na América Latina”.

Divididos em dois grupos, de jovens jornalistas dirigentes sindicais e de representantes das organizações nacionais na Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe (FEPALC), o Brasil foi representado por Rafael Mesquita, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e diretor de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), e por Celso Schröder, diretor de Relações Sindicais da FEPALC e também de Relações Internacionais da FENAJ.

A formação teve foco na análise dos impactos da economia digital no mundo do trabalho, particularmente nos meios de comunicação. Durante as aulas presenciais, debateu-se a mudança tecnológica e o trabalho, o futuro do trabalho, as economias periféricas e os atores corporativos globais (com foco em sindicatos e coletivos) e, finalmente, a questão das plataformas tecnológicas e as novas formas de trabalhar.

De acordo com Rafael Mesquita, além das aulas expositivas e do debate entre os participantes, foram discutidas as nuances das situações vivenciadas não só na Argentina, sede do encontro, como na Costa Rica, no Paraguai, na Venezuela, no Chile, no Brasil, no Peru, no Equador e na República Dominicana, que formam as nações presentes.

Para atender ao objetivo pluralista e crítico da formação, assim como a problematização desta nova era do trabalho, os professores selecionados pela Flacso foram Osvaldo Battistini, Marita González, Natalia Suazo e Gonzalo Busto, especialistas em Sociologia, Jornalismo, Ciência Política e Ciências Sociais.

Pesquisa continental

De acordo com o Escritório Regional para a América Latina e o Caribe da FIJ, coordenadora da iniciativa, os jovens jornalistas que integram este coletivo continuam em formação. Após a fase presencial em Buenos Aires, os participantes, entre setembro e dezembro, integrarão a etapa online do curso, que contará com mais aulas e tutoria para o desenvolvimento de um trabalho acadêmico (formato artigo) por cada participante, a ser publicado no fim deste ano. A publicação será, portanto, o resultado de uma série de pesquisas desenvolvidas em nove países, constituindo um relato da situação laboral dos jornalistas em grande parte do continente.

Representante do Brasil, Rafael Mesquita prepara um estudo que foca a implantação das chamadas “redações convergentes”, fruto da unificação das unidades de trabalhos de grupos de comunicação, que acomodam trabalhadores de diversas mídias (impressa, digital, eletrônica) em um mesmo espaço, compartilhando funções. “Por meio de um levantamento construído junto à rede de sindicatos que compõe a FENAJ, pretendemos estudar esse processo intimamente ligado à digitalização do mundo do trabalho, às características do mundo contemporâneo, que não só alterou a produção jornalística, mas também tem modificado desde então a própria forma como se enxerga a profissão, com fortes impactos na vida dos profissionais”, destaca o dirigente.


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