Sindjorce orienta jornalistas sobre segurança na cobertura dos atos anti-fascismo no dia 29

O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) disponibiliza orientações sobre segurança aos jornalistas para cobertura dos atos anti-fascismo que acontecerão em todo o Brasil, no dia 29 de setembro. No Ceará, pelo menos 35 cidade terão protestos pacíficos com o tema “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”. Na Capital cearense, a atividade inicia às 15h, com concentração na Praia dos Crush (Praia de Iracema, ao lado do Centro Cultural Belchior).

Com o acirramento da polarização política em torno das candidaturas a Presidente, é necessário cautela por parte dos profissionais que irão trabalhar no plantão de sábado. É possível que simpatizantes do candidato fascista queiram tentar fazer enfrentamento e desestabilizar os atos organizados por mulheres.

“A imprensa tem um papel importante de cobrir esse momento político e o Sindicato estará a postos para garantir as prerrogativas do exercício profissional dos jornalistas”, afirma a presidente do Sindjorce, Samira de Castro. A entidade oficiou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) cobrando respeito ao trabalho dos jornalistas, a inexistência de restrições para o desempenho da cobertura e o suporte aos profissionais que corram algum tipo de risco ou ameaça de violência.

A entidade também divulga orientações aos profissionais. “A principal dica é não ir sozinho para a pauta. Solicitar à chefia que mande uma equipe com motorista e auxiliar – caso do pessoal de televisão. Evitar, nas proximidades, pessoas eleitoras de candidatos fascistas, pois podem causar tumulto e agredir jornalistas para causar um fato”, alerta Samira de Castro.

A diretoria coloca-se à disposição, caso haja problemas durante a cobertura, e ressalta ser fundamental que o profissional coloque sua segurança em primeiro lugar, bem como que informe se houver resistência por parte das empresas em cumprir as medidas de segurança.

Participação de jornalistas nos atos

À despeito da “orientação” da chefia do jornal O Povo de que seus funcionários evitem participar dos atos do dia 29 de setembro, a Diretoria do Sindjorce orienta que todo trabalhador é livre para, em seu horário de folga, participar de qualquer atividade lícita. Qualquer tipo de restrição nesse sentido fere as garantias constitucionais de liberdade de expressão, manifestação, organização e pensamento. Nenhuma empresa pode impor a seus trabalhadores o que fazer ou não fazer nas horas de lazer. E a empresa que punir qualquer trabalhador que participe dos atos estará sujeita às penalidades legais.

Em carta aberta aos jornalistas e à sociedade, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) conclama a população brasileira a participar dos atos deste sábado, incluindo os profissionais da categoria. “Queremos estar juntos com as mulheres que vão às ruas no próximo sábado, dia 29, contra o candidato que propõe o medo como estratégia e a morte como solução”, diz o texto.

Medidas que devem ser adotadas pelas empresas de Comunicação:

1 – Designação de equipes completas, em especial assegurando auxiliares no caso de televisão;

2 – Fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual adequados à cobertura e capacitação para o seu manejo;

3 – Fornecimento de identificação para uso se o profissional julgar necessário;

4 – Disponibilização do corpo jurídico da empresa para eventuais problemas;

5 – Garantia do direito do profissional se retirar se identificar que o local traz riscos à sua segurança;

6 – O respeito à Notificação Recomendatória do Ministério Público do Trabalho sobre segurança dos jornalistas de maio de 2014;

7 – Não enviar estagiários para cobrir os atos.

 

Orientações aos jornalistas:

1 – Recuse-se a fazer a cobertura ou retire-se do local caso avalie que há risco à sua integridade física e/ou moral;

2 – O uso ou não de credencial do veículo fica a critério de cada profissional, caso avalie que isso pode ou não gerar insegurança;

3 – Caso se sinta em situação de risco, afaste-se da manifestação e procure abrigo em locais públicos;

4 – Evite andar sozinho, mesmo no fim das manifestações;

5 – Em caso de agressão por parte de manifestantes, acione imediatamente o Sindjorce e o jurídico da empresa.


Warning: A non-numeric value encountered in /home/storage/8/f8/9e/sindjorce/public_html/wp-content/themes/Newspaper/includes/wp_booster/td_block.php on line 705

DEIXE UMA RESPOSTA