Após paralisações, patronal se compromete a apresentar nova proposta para fechar convenções de Mídia Impressa

Depois de três dias consecutivos de paralisações no Grupo O Povo, os jornalistas cearenses conseguiram uma uma importante vitória: o início das negociação das campanhas salariais 2016/2017 e 2017/2018 e o compromisso do presidente do sindicato patronal, Victor Chidid, de discutir com seus pares e apresentar, até terça-feira da próxima semana, dia 24 de outubro, uma nova proposta de reajuste salarial para fechamento das duas convenções coletivas de trabalho do segmento de mídia impressa. Até lá, a categoria segue mobilizada e aprovou substituir o luto perlo branco, em sinal de boa vontade e crédito de confiança ao patronal.

No último dia 11 de outubro, a categoria deliberou pela realização de três dias seguidos de paralisações na porta do jornal O Povo, sendo a primeira de meia hora, a segunda de uma hora e a terceira atividade por tempo indeterminado, até que a representação dos trabalhadores fosse recebida pelo presidente do sindicato patronal, que é diretor do Grupo O Povo.

Ao final do segundo dia de atividades, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) foi informada pela assessoria jurídica do sindicato patronal de que a entidade solicitou a reabertura das negociações na Superintendência do Trabalho e Emprego (SRTE/CE). No entanto, a terceira paralisação foi mantida, ao que a representação patronal respondeu, via ofício, que aceitava se reunir com a presidente e o secretário-geral do Sindjorce na quinta-feira (19/10), à tarde.

Apoio da CUT Ceará e da FENAJ

Enquanto a presidente Samira de Castro e o secretário-geral Rafael Mesquita se reuniam com Victor Chidid, nas dependências do O Povo, a redação estava parada, na porta da empresa, ouvindo a fala de apoio do presidente da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT/CE), Wil Pereira, bem como áudios enviados pela presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Maria José Braga, e de dirigentes sindicais de Pernambuco, Bahia, Pará e Rio Grande do Sul.

O presidente da CUT Ceará destacou a importância da mobilização dos jornalistas em busca de seus direitos e lembrou que, a partir de 11 de novembro, entra em vigor a contrarreforma trabalhista, o que exigirá da classe trabalhadora ainda mais unidade. Ele explicou que a central está colhendo assinaturas para barrar a Lei 13.467/2017.

Sintonia com a categoria

Para Samira de Castro, o início efetivo das negociações mostra que a mobilização da categoria surtiu resultado. “Foram dias intensos, de construção das atividades, entrosamento entre os colegas e muita unidade. Todas as propostas para cada mobilização foram colocadas em votação e aprovadas por ampla maioria ou unanimidade, o que mostra sintonia entre os jornalistas da redação do O Povo e a direção do Sindjorce”, avalia.

O secretário-geral do Sindjorce, Rafael Mesquita, afirma que a conversa com o presidente do sindicato patronal foi respeitosa, com o entendimento de que o diálogo direto entre as partes será sempre buscado. “É preciso haver uma comunicação melhor entre os sindicatos laboral e patronal, para que a proposta dos trabalhadores seja minimamente entendida pelos representantes das empresas”, frisa.


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1 COMENTÁRIO

  1. Parabéns aos companheiros jornalistas pela jornada de luta, tendo a frente seu sindicato, ferramenta de lutas da categoria. levando em consideração a conjuntura atual, desfavoravel a classe trabalhadora, de retrocesso nas conquistas sociais, de intolerancia as liberdades de expressão, seja ela qual for, de demonização das artes, de perseguiçao politica, convenhamos, obrigar o patronato voltar para a mesa de negociação, já foi uma boa conquista. Por isso companheiros, muito sucesso. O Sindicato dos técnicos em óptica, deseja a todos os lutadores da categoria, uma boa vitória.
    Abraços
    José Maria Ferreira da Silva
    Presidente.

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