Fala Pajubá leva oficina sobre comunicação e direitos LGBTI+ à UFC

UFC recebe edição da oficina do Sindjorce sobre comunicação e direitos LGBTI+

Na noite da última terça-feira (6), o Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) recebeu uma edição da Oficina de Comunicação e Direitos LGBTI+, promovida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), por meio do projeto Fala Pajubá. A iniciativa, pioneira no país, reuniu estudantes da graduação para um diálogo aberto sobre gênero, diversidade e o papel transformador da comunicação.

A atividade foi conduzida pela professora doutora em Educação pela UFC, Silvia Maria Vieira dos Santos, e pelo jornalista e presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita. Silvia apresentou reflexões sobre os estigmas gerados pelo binarismo de gênero, destacando que, desde a infância, meninos e meninas são ensinados a se comportar conforme padrões socialmente impostos.

“Gênero não é biologia, é construção. Como afirma Valeska Zanello, gênero é uma performance. Nós aprendemos a ser homem ou mulher a partir do que nos é ensinado e esperado socialmente”, explicou.

A educadora também abordou os chamados dispositivos amoroso, materno e Roberta Close, que ajudam a entender as engrenagens simbólicas que reforçam desigualdades e violências contra a população LGBTI+.

Rafael Mesquita ressaltou que a oficina vai além de uma ação pedagógica: trata-se de uma estratégia de disputa simbólica dentro do campo da comunicação. “Levar essa discussão para dentro da universidade, especialmente com estudantes da área, é fundamental para que a próxima geração de comunicadores compreenda seu papel na desconstrução de estigmas e na promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva. A experiência na UFC reforça a importância de integrar direitos humanos, diversidade e comunicação como dimensões indissociáveis da formação profissional.”, defendeu o dirigente sindical.

O projeto Fala Pajubá tem percorrido diversos espaços, promovendo oficinas que convidam os profissionais da comunicação a refletirem sobre o impacto de suas narrativas, construindo um jornalismo mais representativo, consciente e transformador.

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