O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) se soma à luta nacional dos trabalhadores e trabalhadoras em defesa do serviço público e contra a Reforma Administrativa, proposta que tramita no Congresso Nacional e representa um ataque direto ao Estado brasileiro, à Constituição Cidadã e aos direitos do povo.
A Reforma Administrativa não moderniza o Estado. Ela privatiza, terceiriza, precariza e destrói o serviço público e todos os benefícios que ele garante à população brasileira, que é majoritariamente dependente dos serviços prestados pelo Estado. Aprovada, significará a substituição do interesse coletivo pelo lucro privado, a redução do Estado social e a entrega de direitos à lógica do mercado, que trata o cidadão como consumidor e não como sujeito de direitos.
A destruição dos serviços públicos contraria frontalmente os princípios fundadores da Constituição Federal, entre eles a dignidade humana, a igualdade e a justiça social. Não há PEC que possa contradizer os próprios fundamentos da Constituição Cidadã do Estado Democrático de Direito brasileiro, tão duramente conquistado. Atacar o serviço público é atacar o próprio pacto civilizatório que sustenta a República.
O Sindjorce dirige-se enfaticamente aos jornalistas profissionais do Ceará, trabalhadores e trabalhadoras do setor público e privado, para que se engajem ativamente nesta luta. Somos, antes de tudo, parte da classe trabalhadora. Não há neutralidade possível quando o que está em jogo é o direito do povo brasileiro a serviços públicos gratuitos e de qualidade, como saúde, educação, assistência social e segurança pública.
O Sindicato também convoca os jornalistas que atuam nos veículos de comunicação, repórteres, repórteres fotográficos, editores, apresentadores, chefes de reportagem, produtores e profissionais de redações de rádio, TV, mídia impressa e digital, a cumprirem seu dever ético e social. O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros é explícito: o jornalismo deve ser guiado pelo interesse público. Portanto, é obrigação ética da categoria dar visibilidade às lutas da classe trabalhadora, à resistência popular e aos movimentos sociais que enfrentam este projeto de desmonte.
O Sindjorce denuncia a censura velada imposta por interesses empresariais, que buscam silenciar o povo, e conclama os jornalistas a romperem bloqueios editoriais, enfrentarem as pressões e fazerem jornalismo de verdade, aquele que ouve, informa e defende o povo. Milhares de trabalhadores, como os professores e professoras de Fortaleza, já estão nas ruas, liderados por seus sindicatos, dizendo não à reforma e defendendo o que é público. Cabe aos jornalistas não distorcer, mas revelar essa realidade ao país.
O Sindjorce ingressa nessa luta e convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo a marcharem conosco no dia 9 de outubro, na Marcha da Classe Trabalhadora, com concentração às 8 horas na Praça da Imprensa e caminhada até a Assembleia Legislativa do Ceará.
Jornalistas, ocupem o bloco da categoria, junto ao seu sindicato!
Por fim, o Sindjorce reverencia e agradece aos bravos jornalistas da comunicação sindical que, com coragem, ética e compromisso, mantêm viva a voz da classe trabalhadora. São repórteres, repórteres fotográficos, editores e comunicadores que, sob o sol quente das ruas, registram e divulgam as bandeiras e as lutas do povo brasileiro, enfrentando as dificuldades e a invisibilidade para que a verdade chegue à população.
O Sindjorce reafirma:
O serviço público é do povo brasileiro.
Nenhuma reforma pode destruí-lo.
Fortalecer o serviço público é fortalecer a democracia, a justiça social e o papel ético do jornalismo.
Fortaleza, 7 de outubro de 2025
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce)
Em defesa do jornalismo, dos direitos e do serviço público.
