Sindjorce participa de marcha contra a Reforma Administrativa

 

 

Na manhã da última quinta-feira (09), milhares de trabalhadores e trabalhadoras se reuniram na Praça da Imprensa e seguiram em caminhada até a Assembleia Legislativa do Ceará para protestar contra a Reforma Administrativa. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará (Sindjorce) marcou presença no ato, somando forças à mobilização.

Coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), a manifestação reuniu entidades sindicais das esferas federal, estadual e municipal, além de parlamentares e representantes do movimento social.

Para Rafael Mesquita, presidente do Sindjorce, a participação dos jornalistas é essencial:

“Nós, jornalistas do Ceará, endossamos essa grande marcha porque acreditamos que nossa categoria também faz parte desse conjunto. Muitos jornalistas são servidores públicos e, como cidadãos, todos nós dependemos da qualidade dos serviços públicos — saúde, educação, assistência, segurança e tantas outras áreas essenciais. Nossa profissão, guiada pelo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, nos obriga a assumir uma posição em defesa da cidadania. Estar ausente desta luta seria negar o papel social do jornalismo.”

O presidente ressaltou ainda que a PEC da Reforma Administrativa ameaça fragilizar vínculos, reduzir direitos e abrir caminho para a privatização de serviços básicos: “Se a reforma avançar, o cargo de servidor público deixará de ser regra para se tornar exceção — e ainda em condições precarizadas. O próprio conceito de servidor público é deturpado nessa proposta, que volta ao Congresso Nacional, um Congresso que, em sua maioria, tem se colocado contra o povo, contra a classe trabalhadora e contra todos os que dependem dos serviços públicos. Já vemos experiências desastrosas em estados como São Paulo, onde a privatização da educação resultou em queda de qualidade. Esse modelo precariza, exclui e destrói direitos.”

O Sindjorce reforça que o serviço público deve ser defendido como patrimônio da sociedade brasileira: “Não podemos permitir que o capital privado continue sugando recursos públicos em benefício de poucos. O serviço público pertence ao povo, não pode ser loteado para atender a interesses particulares. Estaremos sempre nas ruas, porque somos trabalhadores, somos comunicadores e defendemos, junto à classe trabalhadora, os direitos sociais e coletivos que também são nossos”, concluiu Mesquita. 

DEIXE UMA RESPOSTA