No Ceará, as atividades acontecerão em diversas cidades, com destaque para Fortaleza, das 13h às 18h, na Praça do Ferreira
Na próxima terça-feira (8/03), Dia Internacional de Luta das Mulheres, as brasileiras vão às ruas de centenas de cidades do País para pedir o fim da violência de gênero, do machismo, do racismo e da fome. Ocupando também as redes, os movimentos organizados de mulheres do campo e da cidade, sindicatos, centrais sindicai e partidos políticos levantam a bandeira “Pela vida das Mulheres, Bolsonaro Nunca Mais!”.
No Ceará, atos, atividades político-culturais e debates acontecerão em todas as regiões não apenas no dia 8. A programação pelo Estado prossegue até o dia 14 de março, data que marca os quatro anos do assassinato da vereadora Marielle Franco. Além disso, campanhas de solidariedade estão sendo realizadas em Fortaleza e no Cariri.
Na Capital cearense, um ato acontecerá na própria terça-feira, a partir de 13h, na Praça do Ferreira. No mesmo local, das 14h às 15h, acontece o debate “Pela vida das mulheres contra o machismo, o racismo e a fome”. As debatedoras são: Mariana Lacerda, da Marcha Mundial das Mulheres (MMM); Zuleide Queiroz, do ANDES e Resistência Feminista; e Andréia Castro, do Movimento das Trabalhadoras sem Terra (MST/CE). A mediação ficará a cargo de Taís Matos, do Movimento de Médicas e Médicos Populares.
A programação na praça considerada o coração da cidade prossegue com uma Feira Feminista Solidária e Circular, das 13h às 18h, e a realização do cortejo “Mulheres do fim do mundo – nós não vamos sucumbir”, a partir das 15h. O trajeto não será divulgado por questão de segurança. Encerrando as atividades na Capital haverá um ato cultural em homenagem à cantora Elza Soares, que partiu esse ano.
Elza Soares simboliza a luta pelo fim da violência contra as mulheres e, sobretudo, pela valorização das mulheres negras e periféricas. A cantora, que iniciou sua carreira em um show de calouros, já se intitulava “eu vim do planeta fome”, essa mazela social que voltou a assolar 19 milhões de pessoas no país, fruto do desgoverno Bolsonaro, com sua política ultraliberal.
Prioridade é dar um basta ao bolsonarismo
Numa extensa pauta de reivindicações, as mulheres afirmam que vão priorizar a luta pela derrubada do presidente Jair Bolsonaro (PL) do poder porque essa é uma luta necessariamente feminista, anti-imperialista, anticapitalista, democrática, antirracista e antiLGBTQIAfóbica.
É ainda uma luta em defesa da vida das mulheres, contra a fome, a carestia, a violência, o desemprego, pela saúde, pelos seus direitos sexuais e reprodutivos, em defesa do SUS e dos serviços públicos gratuitos e de qualidade.
Campanhas de solidariedade
Os movimentos organizados também estão construindo uma ação de solidariedade em prol das mulheres em situação de vulnerabilidade nesse 8 de Março. As pessoas podem ajudar, doando itens de higiene pessoal ou valores em dinheiro para a compra e montagem dos kits de autocuidado. Os itens para doação são: absorvente, álcool 70%, máscara modelo pff2, creme dental e escova de dente.
Em Fortaleza, os locais para o recebimento de doações são: ADUFC (Avenida da Universidade, 2346, Benfica), UNE (Rua Senador Pompeu, 2379, José Bonifácio) e MST (Rua Paulo Firmeza, 445, São João do Tauape). Quem preferir, pode doar qualquer quantia, por meio do PIX: mulherespelavidace@gmail.com. A conta está no nome da companheira Monalisa dos Santos Nascimento.
No Cariri, a campanha é “Quem tem fome, tem pressa!” e está recebendo alimentos não perecíveis que serão destinados a mulheres de baixa renda, desempregadas, grávidas e mães solo da região do Crajubar. Doações também podem ser feitas pelo PIX 88999633495 (celular de Ana Verônica Barbosa Isidorio) ou Conta Poupança Bradesco: N°: 1001746-7, Agência: 771.