Campanha Salarial: Jornais mantêm 4% de reajuste e oferecem a inflação para a próxima data-base 

Não houve acordo na contraproposta de reajuste salarial escalonado (4% em agosto, 4% em outubro e 4% em novembro de 2017), apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) ao patronato de mídia impressa para fechamento das campanhas salariais de 2016/2017 e 2017/2018.

Por meio de sua assessoria jurídica, os representantes dos jornais e revistas informaram que está mantida a proposta de apenas 4% de reajuste salarial para a campanha passada, cuja inflação foi de 9,32%. Neste caso, a perda salarial no piso chega a R$ 112,16.

Os empregadores ofereceram, ainda, o INPC para data-base de 1º de setembro de 2017, cuja estimativa é de 2,69%.

A Diretoria do Sindjorce considera a proposta indefensável, uma vez que embute nova perda salarial. No entanto, irá consultar os trabalhadores das três redações de impresso – Diário do Nordeste, O Estado e O Povo, no decorrer desta e da próxima semana.

Trabalho dos jornalistas desvalorizado

“Infelizmente, os donos dos jornais e revistas do Ceará insistem em desvalorizar o trabalho da categoria. Sequer apresentam estatísticas ou balanços que possam comprovar o discurso de crise. Fica difícil negociar no escuro”, avalia a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

Para o secretário-geral do Sindjorce, Rafael Mesquita, a proposta deve ser rechaçada pelos jornalistas, ao mesmo tempo em que a categoria precisa ser mais incisiva em demonstrar seu descontentamento com a postura patronal. “Não existe jornal sem jornalistas. Todas as vezes que estivemos em mobilização no jornal O Povo, as equipes do Departamento Comercial saíam para comemorar o batimento das metas de vendas de anúncios”, frisa o dirigente.

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