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destaque1 CEREST emite recomendações às empresas jornalísticas para evitar Covid-19
A Célula de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Fortaleza, emitiu, no dia 21 de maio, recomendações às empresas jornalísticas para tentar evitar a contaminação dos trabalhadores da mídia pelo novo coronavírus. A iniciativa deu-se após o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) relatar à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), via ofício, denúncias de profissionais com suspeitas da doença, sem o devido afastamento do trabalho pelo período de 14 dias, sobretudo nas emissoras de televisão.
Pelo menos dois jornalistas faleceram de Covid-19 no Estado. Outros 20 tiveram a doença e 15 estão com suspeitas de contaminação. A direção do Sindjorce já havia orientado as empresas a adotarem medidas de prevenção, ainda em março, no início dos primeiros casos no Ceará.
“Visando promover saúde e como medidas de controle da disseminação da Covid-19 sugerimos cuidados comuns à população em geral e específicos para os trabalhadores do telejornalismo”, diz o ofício enviado pela CEREST ao Sindjorce. A entidade sindical irá encaminhar cópia do documento a todos os veículos de Comunicação do Estado, bem como aos sindicatos patronais.
Vacinação contra gripe e testagem prioritárias
Preocupada com a saúde dos integrantes da categoria, a direção do Sindjorce já solicitou, tanto à Secretaria Estadual da Saúde (SESA) quanto à SMS, a inclusão dos jornalistas entre o público prioritários da campanha de vacinação contra a gripe – Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2) -, o que já aconteceu em vários municípios da Bahia, do interior de São Paulo e em outras cidades. As secretarias negaram os pedidos.
A justificativa das secretarias é que, mesmo estando no decreto presidencial como atividade essencial, inclusive atuando na linha de frente da cobertura da pandemia, os jornalistas não se enquadram em público prioritário para imunização contra a gripe. Além disso, SESA e SMS alegam que os jornalistas acima de 60 anos e com doenças crônicas podem se vacinar nas fases já previstas da campanha.
Para a diretoria do Sindjorce, no entanto, a vacinação contra a influenza tanto protege os trabalhadores da categoria de adoecimentos quanto pode ajudar a elucidar casos tratados como gripe pelos empregadores mas que podem ser, na verdade, Covid-19.
“Os médicos laborais estão diagnosticando virose e mandando o jornalista voltar a trabalhar antes dos 14 dias recomendados de isolamento para quem teve coronavírus”, explica o presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita.
Também como forma de evitar a propagação da Covid-19 nos ambientes de trabalho e detectar o adoecimento entre a categoria, o Sindjorce solicitou à SESA e à SMS, nesta segunda-feira (25/05), a testagem em massa dos jornalistas.
Confira as medidas recomendadas pela CEREST às empresas jornalísticas:
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Distribuir máscaras em quantidade suficiente por tempo de trabalho de cada trabalhador;
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Instalar dispensadores de álcool gel em locais de alta visibilidade no local de trabalho;
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Disponibilizar kits de maquiagem pessoal para os jornalistas/repórteres que fizerem uso deste item;
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Dispensar o uso de terno e gravata;
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Evitar a entrevista presencial, e se inevitável, fazer uso de máscaras e manter distância de 2 metros;
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Limpar e desinfectar microfones, tanto os utilizados pelos repórteres na rua quanto os de estúdio;
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Reduzir o número de funcionários da redação;
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Afastar pessoas do grupo de risco e com qualquer sintoma de síndrome gripal, mantendo-as em home office;
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Disponibilizar as pautas via internet;
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Garantir a limpeza e higiene dos locais de trabalho: Superfícies (ex. mesas e bancadas) e objetos (ex. telefones, teclados) com desinfetante e álcool;
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Promover a lavagem das mãos completa e regular por funcionários, contratados e clientes;
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Promover a boa higiene respiratória no local de trabalho, garantindo inclusive a limpeza regular dos aparelhos de ar condicionado;
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Disseminar a mensagem: FIQUE EM CASA, principalmente, se houverem quaisquer sintomas de síndromes gripais;
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Associar outras medidas de comunicação, como a oferta de orientação por profissionais de saúde e segurança do trabalho;
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Elaborar um plano de contingência relatando o que fazer caso alguém fique doente com suspeita de Covid-19 no ambiente de trabalho.
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O plano deve incluir o recinto para isolamento do doente no ambiente de trabalho; limitar o número de pessoas que tem contato com o doente e notificar as autoridades de saúde locais; pensar em como identificar pessoas que possam estar em risco e apoiá-las, sem dar margem à estigmatização e discriminação no local de trabalho; comunicar a seus funcionários e contratados acerca do plano e garantir que saibam o que precisam fazer – ou não fazer – segundo o plano; enfatizar os pontos principais como a importância de se afastar do trabalho mesmo que tenham apenas leves sintomas; garantir que seu plano aborde as consequências à saúde mental e social, de ter um caso de Covid-19 no local de trabalho e oferecer informações e apoio.