Fortaleza movimentou R$ 1,454 bilhão em venda de anúncios publicitários no primeiro semestre de 2019

A compra de espaços em mídia na praça de Fortaleza somou R$ 1,454 bilhão, no primeiro semestre de 2019. O montante, que representa um incremento de 2,3% em relação ao volume de recursos movimentados em igual intervalo do ano anterior, desmente o discurso patronal de crise no setor da Comunicação. Os dados da Kantar IBOPE Media ainda não refletem o consolidado do ano passado.

Embora o levantamento não detalhe a movimentação por tipo de mídia nas praças pesquisadas, os especialistas afirmam que, assim como acontece nacionalmente, é a TV aberta que absorve o maior volume de recursos publicitários em todos os mercados. Conforme a Kantar, em 2019, a TV aberta abocanhou sozinha 58% da verba publicitária negociada nacionalmente.

Em 2018, a praça de Fortaleza atingiu R$ 2,972 bilhões em compra de espaços publicitários, montante que representou um incremento de 6% em relação ao volume de recursos movimentados no ano anterior, que foi de R$ 2,802 bilhões. “Ou seja: o mercado está em ascensão, ao passo em que as empresas querem reduzir cada vez mais os direitos dos jornalistas”, avalia o presidente do Sindjorce e diretor de Mobilização da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Rafael Mesquita.

Os valores correspondentes à compra de espaços em mídia divulgados pela Kantar IBOPE Media não são fornecidos pelos anunciantes ou pelos veículos de comunicação. Estes números são calculados a partir de uma metodologia proprietária e com critérios acordados com o mercado local. Trata-se, portanto, de uma estimativa do investimento destinado para a compra de espaço publicitário por anunciantes, marcas, categorias de produtos e setores econômicos.

“Mesmo que não sejam números relativos a faturamento das empresas, são as informações de mercado disponíveis de fonte confiável e que mostram uma evolução da publicidade em todo o país”, avalia a segunda vice-presidenta da FENAJ e diretora de Comunicação do Sindjorce, Samira de Castro. Para ela, as empresas jornalísticas estão cortando direitos dos trabalhadores para aumentarem seus lucros.

“É muito complicado tentar negociar com quem não tem transparência”, reclama a dirigente sindical em relação à postura dos donos de veículos de mídia cearense, que demoram a iniciar as tratativas das campanhas salariais e não fundamentam qualquer argumento para propor reajustes salariais rebaixados e a retirada de direitos dos jornalistas.

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