Jornalistas cearenses estão entre os mais premiados da história no Nordeste

Ranking do Portal dos Jornalistas traz Demitri Túlio como vencedor isolado na região, além de Evilázio Bezerra e Samira de Castro, dirigentes do Sindjorce e da FENAJ

O trabalho de jornalistas cearenses é novamente destaque nacional e regional, com a divulgação do ranking dos +Premiados Jornalistas da História, uma iniciativa do Portal dos Jornalistas. O levantamento consolida novamente Demitri Túlio, do O Povo, como o profissional mais premiado da história do Nordeste. Com 652,5 pontos, o repórter e colunista é ainda o 17º colocado na lista dos 200 mais premiados de todo o Brasil.

Para o Portal dos Jornalistas, “o reconhecimento reforça um jornalismo de qualidade, combativo, que o jornalista cearense vem desenvolvendo em redações há 25 anos”. O site lmbra, ainda, que 2020 para Demitri Túlio foi marcado por uma série de ataques sofridos nas redes sociais por causa de um artigo com críticas à postura do Colégio Militar de Fortaleza, que planejava a retomada das aulas presenciais. Na ocasião, o Sindicato dos Jorrnalistas do Ceará (Sindjorce) se manifestou e apoio ao colga, por meio de um vídeo.

De acordo com o Portal dos Jornalistas, na mais diversificada das regiões, a segunda colocação ficou com a pernambucana Juliana de Melo, do Jornal do Commercio, enquanto o paraibano Wendell Rodrigues da Silva, da rádio e TV Correio, completa o pódio na terceira posição. O Top 10 conta ainda com Claudio Ribeiro, do O Povo, (4º colocado), Ciara Nubia de Carvalho (5ª), Melquíades Júnior, do Sistema Verdes Mares (6º), Teresa Maia (7ª), Silvia Bessa (8ª), Thiago Correia (9º) e Ed Wanderley (10º).

Para o presidente do Sindjorce e diretor de Mobilização e Negociação Salarial da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Rafael Mesquita, o trabalho de excelência desenvolvido pelos jornalistas locais leva o jornalismo cearense a ser reconhecido nacional e internacionalmente, por meio das premiações. “No entanto, as próprias empresas jornalísticas não tratam com o devido valor e o respeito merecido esses e outros trabalhadores da mídia. Prova disso foi o crescimento da precarização das condições de trabalho da categoria em plena pandemia”, comenta.

Mesquita relata a dificuldade de dar sequência às negociações salariais da categoria nos últimos três anos, a investida patronal para retirar ou reduzir direitos como horas extras, diária de viagens e auxílio creche. “Estamos sem Convenções Coletivas de Trabalho em todos os segmentos por imposição dos patrões”, reforça. Além disso, lembra que os principais grupos de comunicação do Estado reduziram os salários dos jornalistas, em média, 25%, durante a crise sanitária, enquanto os operários e operárias de notícia se arriscavam para levar informações de qualidade à população.

Diretores do Sindjorce e da FENAJ na lista

A lista dos 100 mais premiados da história no Nordeste conta, ainda, com dois diretores do Sindjorce e da FENAJ. O repórter-fotográfico Evilázio Bezerra, diretor de Diretor de Segurança e Defesa do Exercício Profissional do Sindjorce e membro de Departamento de Mobilização dos Jornalistas de Imagem da Federação, figura na 34ª posição, com 232,5 pontos. E a jornalista Samira de Castro, atual diretora de Comunicação do Sindicato e segunda vice-presidenta da FENAJ, aparece da 42ª posição, com 202,5 pontos.

Destaque para o fato de que Samira de Castro não atua na redação do Diário do Nordeste desde 2012, quando foi afastada unilateralmente pela direção da empresa por ter assumido a presidência do Sindjorce, cargo que exerceu por duas gestões. Já Evilázio também foi alvo de intensa prática antissindical por parte do jornal O Povo, empresa da qual fez parte até 2019.

Saiba quem são os +Premiados Jornalistas da História no Nordeste: