Mulheres cearenses vão às ruas contra as opressões e em defesa da democracia

Trabalhadoras de diversas categorias irão promover, por todo o Estado do Ceará, neste 8 de março, uma agenda de lutas para denunciar os retrocessos que as mulheres têm enfrentando nos últimos anos, com a destituição da primeira mulher eleita presidenta  do Brasil e o avanço da pauta conservadora no Congresso Nacional. O golpe não representou apenas a destituição de Dilma Rousseff, mas uma ofensiva que atingiu instituições e direitos, sobretudo das mulheres.

Em Fortaleza, o ato da Frente Brasil Popular Ceará acontece a partir de 8h, na Praça da Bandeira. Com o tema “Mulheres nas ruas contra o golpe, pelo fim da violência, contra as reformas e por democracia”, as mulheres das mais diversas organizações, sindicatos, movimentos sociais e estudantis que compõem a Frente Brasil Popular, se articularam contra as reformas trabalhista e da Previdência e pelo direto de Lula ser candidato nas eleições de 2018.

As mulheres querem mostrar que são elas as primeiras a sofrer com os impactos da crise econômica e da retirada de direitos promovida pelo por Michel Temer (MDB). Isso porque as mulheres são maioria no mercado agora impactado com a reforma trabalhista, maioria em trabalhos informais e, ainda, são as que cuidam das crianças e idosos que dependem dos serviços públicos e benefícios de assistência social (ameaçados pela reforma da Previdência).

A Frente Brasil Popular também quer denunciar como este contexto de insegurança social agrava as situações de violência que se vive nos centros urbanos. No Ceará, mais de 50 mulheres foram assassinadas só em 2018, muitas em situações de violência doméstica.

Aline Oliveira, do setor de comunicação do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) declara as motivações das lutas neste 8 de março de 2018: “Não entendemos que o poder público, presidente, Congresso e Judiciário estejam interessados em combater essa realidade. Ao contrário, violam direitos, fazem intervenção militar no Rio de Janeiro, a reforma da previdência, apoiam o neoliberalismo, reforçando o poder do patriarcado e o controle sobre as vidas das mulheres. Defendemos e realização e retomada de políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher, a revogação da reforma trabalhista, o direito de Lula ser candidato, soberania energética e alimentar, reforma agrária e urbana popular.”


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