Pesquisadores, projetos, coletivos e instituições de todo o Brasil se unem em prol do direito à informação. Confira aqui.
Uma aliança com mais 30 projetos espalhados pelo país lançou, no último dia 24/09, a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNDC). A iniciativa vai checar dados, produzir conteúdos informativos e produzir contra-narrativas para desmentir informações fraudulentas. Assim, a RNCD hoje interliga projetos e instituições de diversas naturezas que trabalham e contribuem de alguma forma para combater o mercado da desinformação que floresce em nosso Brasil.
A RNCD reúne uma diversidade de abordagens contra a desinformação englobando projetos de monitoramento de fake news, de jornalismo de fact-checking, projetos que trabalham com comunicação proativa levando informação precisa e necessária para a sociedade, projetos de contra-narrativas, além de muitos que trabalham com informação científica e popularização da ciência.
Observatórios de mídia, de comunicação pública e de ética no jornalismo também se fazem presentes com contribuições relevantes para a rede, além de grupos de pesquisas de várias universidades brasileiras.
Também compõem a RNCD, instituições científicas do campo da comunicação que de algum modo fomentam as pesquisas na área e que, portanto, trabalham para desmistificar o complexo fenômeno da desinformação que inunda nossa sociedade na contemporaneidade.
A RNCD nasce em um cenário em que 62% dos brasileiros não sabe discernir uma informação de uma desinformação e no qual o mercado da construção intencional da ignorância coletiva avança a passos largos nesse momento de pandemia da Covid-19 e tanto se alimenta do modelo de negócios das grandes plataformas digitais, como se potencializa com as tecnologias que permitem fraudes cada vez mais simuladoras do real.
A RNCD ficará aberta para agregar outras iniciativas que estejam alinhadas com a proposta de combate à desinformação no Brasil e em outros países. Na Inglaterra, por exemplo, uma pesquisa do Reuters Institute em parceria com a Oxford University concluiu que a criação e circulação de fake news naquele país teve um aumento de 900% nos três primeiros meses da pandemia novo coronavírus.
Com informações da RNCD