Reunidos em Assembleia Geral Extraordinária na sede do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), na noite da quarta-feira, dia 17 de abril, os associados à entidade elegeram, por unanimidade, os membros da Comissão Eleitoral que irá coordenar o processo de eleição da Diretoria do Sindjorce e Comissão Estadual de Ética, bem como da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). São eles: Tarcísio Aquino (assessor de Comunicação da CUT-CE), Lúcia Estrela (jornalista aposentada), Thiago Marinho (assessor de imprensa da Associação dos Profissionais da Segurança – APS), Adriana Carvalho e Cláudia Melo, ambas do movimento sindical dos trabalhadores municipais do Estado.
Ao abrir a AGE, que foi transmitida ao vivo pela fanpage do Sindicato no Facebook, a presidente do Sindjorce e segunda tesoureira da FENAJ, Samira de Castro, informou que, pelo Estatuto do Sindjorce, as eleições para renovação da Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Delegados Representantes junto à Federação e Comissão Estadual de Ética serão realizadas trienalmente e deverão ocorrer nas mesmas datas e simultaneamente às da direção da FENAJ, que foram marcadas para os dias 16, 17 e 18 de julho do corrente ano.
Os três jornalistas integrantes da Comissão – Tarcísio Aquino, Lúcia Estrela e Thiago Marinho – coordenarão a eleição da FENAJ localmente. As duas suplentes – Adriana Carvalho e Cláudia Melo – se dedicarão exclusivamente ao pleito do Sindjorce. Os titulares da Comissão Eleitoral, entre si, elegerão seu presidente e secretário. Além dos membros efetivos, eleitos em assembleia, serão integrados à Comissão um representante de cada chapa concorrente, após encerrado o prazo de registro de candidaturas, conforme reza o Estatuto do Sindjorce.
Fortalecimento da entidade sindical
Durante a assembleia, foram narrados alguns dos principais desafios dos Jornalistas cearenses, que atravessam as campanhas salariais mais difíceis da história da entidade, com a tentativa dos donos da mídia local de eliminar direitos históricos da categoria. “As medidas repressivas atacam as gratificações, o auxílio creche, as diárias de viagem, o cálculo das horas-extra e impõem o achatamento salarial, com a indecente proposta de reajuste de apenas 1%”, relatou Rafael Mesquita, secretário-geral do Sindjorce e diretor de Educação da FENAJ.
Ao mesmo tempo, o dirigente chamou a atenção para a necessidade de organização dos Jornalistas em seu sindicato, haja vista que uma das maneiras de pressão do patronato foi a tentativa de derrubar o desconto em folha das mensalidades sindicais das duas maiores redações do Estado, o Grupo O Povo e o Sistema Verdes Mares. “Para manter o sindicato de portas abertas, precisaremos de todos, inclusive de quem não é filiado, pois, além de tudo isso, somos vítimas das medidas do Governo Bolsonaro, que cassou a previsibilidade da contribuição sindical anual, quando autorizada, descontada pelas empresas e repassadas ao Sindjorce”, completou Mesquita.
Neste sentido, o secretário-geral sugeriu a instituição de uma contribuição solidária, destinada à sindicalizados ou não, para garantia das atividades sindicais. A medida foi aprovada por unanimidade pelos presentes. De acordo com a proposição, a contribuição será recolhida em “vaquinha virtual” e em pagamento direto por cartão de crédito, débito e em espécie. “Criaremos faixas de contribuição e cada um escolherá com qual quantia irá ajudar a financiar a nossa luta por trabalho decente para os jornalistas do Ceará”, destaca Samira de Castro.
Ala dos Jornalistas no ato do Dia do Trabalhador
Por sugestão dos jornalistas Rafael Tomyama, Tarcísio Aquino e Paulinho Oliveira, endossada pela presidente do Sindjorce, os jornalistas do Estado serão convocados para comporem ala no 1º de maio, quando os trabalhadores marcharão contra a reforma da Previdência e em defesa dos direitos dos jornalistas.
O ato unificado das frentes e centrais sindicais terá concentração na Praia de Iracema, em Fortaleza, às 15h, próximo ao espigão da Rui Barbosa. Os trabalhadores sairão em marcha pela Avenida Beira Mar até o Mercado dos Peixes, no Mucuripe, onde será realizado ato político e cultural.
A atividade do Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e das Trabalhadoras tem como pautas a defesa da política de reajuste do salário mínimo, a luta por emprego e contra a reforma da Previdência (PEC 06/2019). A mobilização também repudia a tentativa do governo de enfraquecer o movimento sindical por meio da publicação da MP 873/2019.