O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) convoca, pede o apoio e a mobilização de toda a categoria dos jornalistas, bem como da sociedade, para derrubar os “jabutis” inseridos na Medida Provisória nº 1045/21 aprovada, no dia 10/8, pela Câmara dos Deputados.
Seguindo orientação da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o Sindjorce está pressionando os senadores do Ceará para que deixem a MP 1045 caducar, ou seja, perder a validade.
“Conclamamos a categoria para realizar o envio de mensagens e, igualmente, postagens pelas redes sociais como forma de pressão aos senadores Cid Gomes (PDT), Tasso Jereissati (PSDB) e Eduardo Girão (Podemos) para derrubar essa MP”, afirma o presidente do Sindjorce e diretor de Mobilização e Negociação Salarial da FENAJ, Rafael Mesquita.
A iniciativa de mobilizar a base retoma uma das ações positivas – contra a MP 905 – realizadas em 2019 , que impediu o fim do Registro Profissional dos Jornalistas e de outras 12 profissões.
Trabalhar amis e receber menos
Essa semana, a FENAJ enviou a todos os senadores o seu posicionamento público contrário à MP1045, chamando atenção dos parlamentares para o artigo 84 da medida que, se aprovado naquela casa legislativa, vai possibilitar a ampliação da jornada de trabalho de algumas categorias profissionais, com redução no pagamento das horas-extras.
Pelo texto da MP, algumas categorias como a dos jornalistas podem ter sua jornada de trabalho estendida para 8 horas trabalhadas por dia, mediante acordo individual ou acordo coletivo, fixando em 20% o adicional pelas horas-extras que passam a compor a jornada normal de trabalho. Na atual legislação é determinado que a hora-extra deve ser paga com adicional de 50%, de segunda a sábado, e 100% nos finais de semana e feriados.
Para jornalistas, que convivem há tempos com a rotina de demissões em massa, redução das redações e acúmulo de funções, a aprovação dessa MP pelo Senado resultaria em mais demissões e precarização.