Sindjorce e FENAJ repudiam agressões de eleitores de Bolsonaro a jornalistas em Fortaleza

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar as agressões cometidas por correligionários e eleitores do candidato eleito Jair Bolsonaro a repórteres do jornal O Povo e da TV Verdes Mares durante a cobertura da comemoração pela vitória do presidente eleito do PSL, em Fortaleza, na noite deste domingo (28/10). O Jornal O Povo se prenunciou sobre a violência. O Sistema Verdes Mares continua silente. Os nomes dos três profissionais serão preservados, a pedido dos mesmos, por questão de segurança.

O caso aconteceu na avenida Antônio Sales, no bairro Joaquim Távora. Uma repórter do O Povo foi derrubada de cima de um equipamento de som da organização do evento. Na queda, ela feriu os dedos. A profissional ainda foi agarrada pelo rosto e agredida verbalmente, assim como um repórter que a acompanhava, agarrado pelos braços. A jornalista ainda foi assediada por militantes.

Já a repórter da TV Verdes Mares, afiliada da rede Globo no Ceará, ouviu ataques verbais enquanto tentava trabalhar. Ela entraria em um link ao vivo para o Fantástico (TV Globo) e para o Central das eleições (Globo News), quando recebeu areia e pedrinhas na cara. Homens ameaçaram estuprá-la e, ao final, jogaram bebida alcoólica nela. O carro da emissora foi apedrejado. Segundo relatos, a jornalista só não foi agredida fisicamente porque foi retirada do local pelo senador eleito Eduardo Girão (PROS/CE).

Como haviam alertado as entidades, Jair Bolsonaro e seus correligionários não têm apreço sequer à democracia, muito menos às instituições democráticas, incluindo a imprensa. Lamentavelmente, três jornalistas foram ameaçados e agredidos no momento de seu exercício profissional dentro do espaço organizado pelo PSL em Fortaleza. Há relatos de cerceamento também no Rio de Janeiro, com um equipe da TV Globo que cobria a festa dos eleitores em frente à casa do capitão reformado.

A violência contra a imprensa, no entanto, não se restringe às ruas: o assessor de imprensa do presidente eleito usou o WhatsApp para ofender jornalistas. Na noite do domingo, logo após a divulgação dos primeiros resultados da apuração dos votos,seu assessor de imprensa Carlos Eduardo Guimarães, encaminhou uma mensagem com ofensas a jornalistas. Guimarães questionou se a eleição não estava empatada, chamou os jornalistas de “engodo” e “lixo”.

O Sindjorce e a FENAJ exigem apuração e punição dos agressores dos casos cometidos em Fortaleza. A violência contra os jornalistas é um atentado à democracia. Não nos calaremos!


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