Sindjorce participa de coletiva de imprensa com a jornalista Manuela d’Ávila

A ex-candidata a vice-presidente da República, Manuela d’Ávila, concedeu uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (10/04), onde destacou a ausência de resultados nos 100 primeiros dias do Governo Bolsonaro. Mais tarde, ela lança o livro “Revolução Laura”, às 18 horas, no auditório da UNIPACE.

O Sindicato dos Jornalista do Ceará (Sindjorce) marcou presença na coletiva de imprensa da jornalista e ex-candidata a vice-presidente da República, Manuela d’Ávila, realizada na manhã desta quarta-feira (10/04) na Assembleia Legislativa do Ceará. A presidente da entidade sindical, Samira de Castro, ocupou a mesa de trabalhos, juntamente com os deputados estaduais Augusta Brito (PCdoB) e Fernando Santanta (PT). Também estiveram presentes o secretário-geral do Sindjorce, Rafael Mesquita, o presidente da Associação Cearense de Imprensa, Salomão de Castro, e lideranças partidárias.

Uma das principais liderança da esquerda brasileira, Manuela comentou a situação do país e resumiu os 100 dias do Governo Bolsonaro: “Não teve nada”. A
também ex-vereadora por Porto Alegre (RS), deputada federal por dois mandatos e, mais recentemente, parlamentar por seu estado, criticou a ingovernabilidade que tomou conta de Brasília. “O Governo precisa se repactuar internamente, não por outra coisa, mas porque o Brasil precisa gerar empregos pro seu povo. Eu queria muito que o pacote de segurança fosse de fato eficaz (…). Os problemas de segurança assolam o país e o governo não apresenta absolutamente nada (de concreto)”, destaca.

Sobre as recentes declarações de Bolsonaro, que disse esperar que os estudantes comecem a não se interessar por política nas escolas, Manuela d’Ávila retrucou, destacando o medo que o mandatário tem do conhecimento científico: “Talvez o que falta ao presidente é conhecimento. Talvez ele ache que a pessoa que estuda, que adquire consciência, vai ser sempre de esquerda”, ironizou.

Revolução Laura

A jovem liderança comunista destacou os problemas gerados pela construção patriarcal e como isso inclusive as mulheres que conseguem, apesar de todos os obstáculos, ingressar na política. “A maternidade fez uma revolução. Eu conclui que não entendia nada de ser mulher na política e no espaço público até ser mãe. É um livro sobre as sutilezas que nos tiram do espaço público e nos deixam em casa”, explicou, evidenciando as descobertas, as dificuldades, as alegrias e os preconceitos enfrentados.

Manuela tratou ainda de feridas adquiridas ainda durante os últimos anos, como a agressão sofrida pela filha Laura simplesmente por seu parentesco com ela e o inferno vivenciado durante a última campanha eleitoral, provocado pelas informações fraudulentas veiculadas nas redes sociais pelos apoiadores do atual presidente.

Sobre isso, d’Ávila manifestou uma outra preocupação. Para ela, o crescimento das estatísticas de violência contra a mulher e mesmo a sua versão mais trágica, o feminicídio, está influenciado pela cortina de ódio e legitimação das opressões lançada desde o Planalto. “Foi o janeiro mais sangrento da história do Brasil para as mulheres. (…) Isso está associado aos atos do governo Bolsonaro, da Ministra Damaris”, disse em alusão às mensagens e atos institucionais contra os direitos das mulheres, de LGBTI+ e negros produzidos pelos novos representantes do país.

Lançamento

O livro “Revolução Laura” será lançado na Capital na noite de hoje (10/04), às 18 horas. O evento acontece na Unipace – Escola Superior do Parlamento Cearense (rua Barbosa de Freitas, 2674) e contará com sessão de autógrafos, vendas de exemplares da obra e um momento com bate-papo com os presentes. Os deputados estaduais Augusta Brito (PCdoB) e Carlos Felipe (PCdoB) participam do evento.


Warning: A non-numeric value encountered in /home/storage/8/f8/9e/sindjorce/public_html/wp-content/themes/Newspaper/includes/wp_booster/td_block.php on line 705

DEIXE UMA RESPOSTA