O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) estará representando os jornalistas cearenses e brasileiros em dois importantes eventos organizativos da classe trabalhadora: o 9° Encontro Nacional de Mulheres da CUT: Luci Paulino e a 16ª Plenária Nacional da CUT João Felício e Kjeld Jakobsen.
Na primeira atividade, que acontece nos dias 17 e 18/09, a diretora de Comunicação do Sindicato, Samira de Castro, foi eleita delegada, representando as mulheres do ramo da Comunicação da CUT Ceará. Já o presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita, representará o ramo da Comunicação cutista na plenária nacional, que será realizada de 21 a 24 de outubro de 2021.
Para Samira de Castro, que também é segunda vice-presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o movimento sindical dos jornalistas tem reforçado sua atuação tanto na pauta das mulheres quanto nas lutas gerais a classe trabalhadora. “Os Sindicatos e a Federação estão atentos e ajudando a construir uma perspectiva de luta de classes que leve em conta as interseccionalidades”, pontua.
A organização sindical e as mulheres
As mulheres da CUT são precursoras na construção de políticas para as trabalhadoras.
“Não por acaso, conseguimos ampliar, mesmo que ainda aquém do necessário, a nossa
participação nos espaços públicos e na sociedade de uma forma geral, o que nos tornou
referência”, afirma Junéia Batista, secretária Nacional de Mulheres da CUT.
Com as mudanças no mundo do trabalho, o desemprego, a informalidade, o subemprego, e a precarização, fatores que vulnerabilizam as mulheres, de forma especial as negras, as afasta ainda mais da participação e representação sindical. Além disso, os sindicatos são pouco ou nada atrativos.
“A dupla jornada que nos toma o tempo para vivências, o machismo que persiste, a falta
de inclusão de pautas importantes que têm a ver com a vida das mulheres, somadas a
falta de vontade política, termina por nos excluir e transformar o sindicato cada vez mais
fechado, menos diverso, ou seja, menos representativo da classe trabalhadora”, diz o dcouemtno base do debate do 9° Encontro Nacional de Mulheres da CUT.
“Mas afinal, que sindicato queremos? Queremos um sindicato em que nos sintamos
pertencentes. Para isso é necessário que o sindicato tenha a nossa cara, seja diverso,
esteja aberto a construção coletiva e a escuta das nossas demandas, seja acolhedor. É
preciso considerar as dificuldades a que as mulheres são submetidas – dupla jornada,
cuidados, etc. Estar atentos para horário de reuniões, garantia de espaços para
acolhimento de filhos/as, são medidas necessárias. O sindicato precisa voltar a ser um
espaço em que as mulheres possam exercer a sua cidadania plena”, continua o texto.
A renovação sindical é essencial para o futuro do sindicalismo. Essa renovação passa pela integração de forma efetiva de jovens, mulheres, mulheres negras na organização sindical para, assim, superar a visão hierarquizada em que estruturas de dominação e opressão estão subordinadas a exploração de classe e que as lutas das mulheres, mulheres negras e jovens são identitárias. Lutar pela igualdade salarial, contra discriminação e o racismo são lutas gerais que interessam a toda a classe trabalhadora.
SERVIÇO
9° Encontro Nacional de Mulheres da CUT: Luci Paulino
PROGRAMAÇÃO:
Dia 17/09 (Tarde)
14h00 – Acolhimento das participantes – As lutas das mulheres da CUT em imagens e cordel
14h20 – Abertura
* Junéia Batista–Secretária Nacional de Mulheres – SNMT
* Eleonora Menicucci – Ex-Ministra SPM
* Waldeli Melleiro–Coordenadora de Projetos – FES
* Gonzalo Martinez de Vedia – Diretor de País do Solidarity Center no Brasil
* Gleisi Hoffmann – Presidenta Nacional do PT
* Carmen Helena Foro – Secretária Geral da CUT Brasil
Coordenação: Julia Nogueira (Exec. Nacional)
Vídeo em homenagem a Luci Paulino
15h00 – Leitura e aprovação do Regimento Interno do Encontro
15h30 – Painel: Democracia, direitos, resistência – Desafios das mulheres frente a conjuntura
Coordenação: Janeslei Albuquerque (SNMMS) e Anatalina Lourenço (SNCR)
Convidadas:
* Sônia Coelho – Integrante da SOF-Sempreviva e da coordenação nacional da MMM – “O desmonte das políticas públicas e os impactos a vida das mulheres”
* Maria Betânia Ávila – Representante da Articulação das Mulheres Brasileiras (AMB) – “Participação Política das mulheres e o seu papel para a democracia”
* Iêda Leal –Coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU)–“A resistência coletiva das mulheres negras frente à violência, ao machismo e ao racismo estrutural”
Debatedoras:
* Jandyra Uehara (SNPSDH)
* Mara Feltes (SNMT)
16h35 –17h35-Debate em Plenário
Intervalo 10’
17/09 (Noite)
17h45-18h45 – Painel: As mulheres no mundo do trabalho e no espaço sindical – O que fazer? Como superar as desigualdades?
Pensando desafios
Coordenação: Rosane Bertotti (SNF) e Fátima Veloso (SNST)
Convidadas:
* Dra. Marilane Teixeira – O trabalho que exclui e aprofunda as desigualdades – Como superar essa realidade?
* Maria das Graças Costa (SNO) – A organização sindical e o papel das mulheres – Que sindicato queremos?
Debatedoras:
* Juvândia Moreira (Exec.Nacional)
* Rosana Souza (SNCR)
18h45-19h45 – Debate em Plenário
19h50 – Apresentação da pesquisa sobre desigualdade de renda entre mulheres e homens
20h00 – Música encerra o dia
Dia 18/09 (Manhã):
09h00 – Acolhimento arte e cultura
09h10 – Painel: Violência e seus impactos para as mulheres – Experiências positivas
Coordenação: Madalena Margarida (SNST)
Apresentações: ISP/CUT, CONTRAF, SINDSEP/SP, CONTAG
10h10-12h00 – Grupos Temáticos de Trabalho (Seis grupos com coord. da Executiva Nacional)
12h10-14h00 – Intervalo para almoço
Dia 18/09 (Tarde)
14h00 – Retorno ao plenário – Apresentação dos grupos
15h00 – Plenária Final – Aprovação de propostas e ações das mulheres para o próximo período
Coordenação: Carmen Foro (SG) e Junéia Batista (SNMT)
16h30 – Encerramento com música e abraço coletivo