TV União deixa trabalhadores sem 13º e salários de dezembro

A chegada do novo ano não foi nada tranquila para os trabalhadores da TV União. Cerca de 35 pessoas não receberam o 13º salário e a remuneração de dezembro de 2018. Conforme a legislação trabalhista, o 13º deveria ter sido depositado na conta dos funcionários até o dia 20 de dezembro de 2018 e os proventos do mês passado até o quinto dia útil de janeiro.

Segundo informações recebidas pelo Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), a empresa vem fornecendo apenas auxílio-transporte e, após reclamações dos profissionais, liberou cerca de R$ 500 de “adiantamento” relativo à remuneração de dezembro.

A situação não é nova e vem sendo acompanhada pelo Sindicato, que já tinha oficiado a empresa no dia 3 de dezembro, e cobrou fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE), do então Ministério do Trabalho. Inclusive, os proventos de outubro e novembro só foram quitados no último mês, após ofício do Sindjorce.

Além disso, a empresa de TV, pertencente ao empresário Alberto Bardawil, está em débito com verbas rescisórias de cerca de 10 trabalhadores, entre jornalistas e radialistas, demitidos recentemente, que também não receberam nada de dezembro e nenhuma parcela do 13º salário.

Outro problema flagrante é o fato da TV União contrariar a Convenção Coletiva de Trabalho celebrada entre os Jornalistas e o setor de mídia eletrônica, que determina que as homologações dos profissionais de jornalismo deve ser feita junto ao Sindjorce. Ainda de acordo com os demitidos, as rescisões estão marcadas para o Sindicato dos Radialistas.

Segundo informações dos funcionários, a alegação dos gestores da emissora é de que estão sem recursos para quitarem os benefícios trabalhistas. Hoje, o setor de jornalismo está desmontando, contando apenas com estagiários na produção, configurando outro delito trabalhista, que é a substituição de mão-de-obra profissionalizada por estagiários sem acompanhamento.

Diante do agravamento da situação, o Sindicato dos Jornalistas fará reiteradas cobranças aos representantes da organização empresarial e estudará novas medidas em conjunto com a sua assessoria jurídica.

Conforme Samira de Castro, presidente do Sindjorce, os trabalhadores não podem pagar a conta da desorganização da empresa. A avaliação da dirigente é de a TV há muito vem descumprindo outros compromissos trabalhistas e a instabilidade financeira pode vir a ser fruto de má gestão.

Samira finaliza pedindo que os profissionais mantenham contato permanente com o sindicato e enviem mais informações sobre a situação. “Como não poderia ser diferente, toda a estrutura do Sindjorce está à disposição de todos os funcionários da TV União”, informa a presidente.


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