Veículos de comunicação do CE recebem R$ 1,347 bi em publicidade no 1º semestre

Os veículos de comunicação cearenses receberam a bagatela de R$ 1,347 bilhão em investimentos publicitários, no intervalo de janeiro a junho de 2017. O montante sinaliza estabilidade no mercado local, uma vez que, em igual período de 2016, a movimentação foi de R$ 1,368 bilhão. A informação é da Kantar IBOPE Media, que monitora o investimento bruto em publicidade em 41 praças espalhadas pelo Brasil.

Os dados mostram que Fortaleza é a sexta cidade em volume de verbas publicitárias movimentadas por jornais impressos, rádios, tvs abertas, tvs fechadas, outdoors, entre outros meios. A Capital cearense perde para as praças de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. Em contrapartida, o mercado publicitário local ganha de Salvador, Recife, Brasília, Florianópolis, Belém, Goiânia, entre outras cidades.

“Os dados desmentem claramente o discurso generalizado de crise repetido à exaustão pelos patrões, tanto de jornal e revista quanto de rádio e tv. Se há movimentação expressiva dessa verba publicitária, por que os empresários insistem em propor achatamento salarial para os jornalistas?”, questiona a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), Samira de Castro. De acordo com ela, os donos dos veículos querem ampliar seus lucros em cima da redução dos custos com a mão de obra.

Balanço de 2016

Em 2016, a venda de anúncios publicitários em Fortaleza atingiu R$ 2.885.796 bilhões. A cidade ficou na sétima posição no ranking nacional de praças acompanhadas pela Kantar IBOPE Media. No Brasil, a compra de espaço publicitário  movimentou o equivalente a R$ 129,9 bilhões no ano passado. O montante é 1,6% inferior ao acumulado em 2015. “Mesmo com a desaceleração da economia, os investimentos em mídia se mantiveram praticamente nos mesmos patamares do ano anterior”, comenta Rita Romero, diretora executiva do Monitor da empresa.

Entre os meios, a TV (aberta, paga e merchandising) segue como principal destino das verbas de mídia, atraindo mais da metade do total aplicado em compra de espaço publicitário. A TV aberta acumulou no período o equivalente a R$ 71,6 bilhões, um crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior. A TV paga, com R$ 16,4 bilhões arrecadados, avançou 8,9%, e o merchandising, com R$ 7,9 bilhões, registrou o maior crescimento 14,5%. O meio Jornal, em 2016, recebeu o equivalente a R$ 15,2 bilhões.

Reajustes vergonhosos

Enquanto segue estável o faturamento publicitário dos veículos na cidade, os jornais O Povo, Diário do Nordeste e O Estado querem impor novo achatamento salarial aos jornalistas. As empresas se negam a conceder um reajuste de 9,32%, o que representa R$ 179,61 no piso salarial de impresso. A proposta dos patrões é de apenas 4% de reajuste.

No caso das emissoras de rádio e TV, o reajuste pleiteado pela categoria é a inflação de 6,58%, o que representa R$ 161,94 no piso. As empresas oferecem 5%.

 


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