A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e seus sindicatos filiados, entidades comprometidas com as liberdades de expressão e de imprensa e com a democracia, reafirmam o Dia Internacional do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, como um dia de reflexão e de luta.
Neste 2018, o Brasil celebra os 75 anos da CLT e 30 anos da Constituição Federal de 1988, conquistas da classe trabalhadora que vêm sendo constantemente atacadas desde o golpe de 2016. Em vez de comemorar, a classe trabalhadora resiste e reage à retirada de direitos, à quebra da institucionalidade democrática e ao avanço do Estado de Exceção, que se expressa simbólica e materialmente na condenação sem provas do ex-presidente Lula e na sua prisão em condições excepcionais. Esse Estado de Exceção aprofundou a crise política e ameaça, inclusive, a realização das eleições gerais de outubro.
A classe trabalhadora, além de lutar por seus direitos trabalhistas e pela retomada da democracia no Brasil, está comprometida com seu país e não aceita o desmonte dos programas sociais de transferência de renda, a entrega do patrimônio nacional aos interesses privados estrangeiros, a censura às artes, o ataque à liberdade de ensino e às universidades, a perseguição a líderes dos movimentos sociais e a violência.
Os jornalistas brasileiros enfrentam o fechamento de postos de trabalho, demissões, precarização das relações de trabalho, jornadas excessivas, baixos salários, assédio moral, censura e agressões. A consequência deste estado de coisas é a queda na qualidade da cobertura jornalística e o controle da informação por parte dos grupos hegemônicos da mídia.
O dever de bem informar o cidadão só pode ser efetivamente executado quando o jornalista se identifica como trabalhador e luta por seus direitos. Por isso, neste 1º de maio, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas estarão em todo o país ao lado da CUT e demais centrais sindicais, dos setores democráticos e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, lutando contra o fascismo e clamando por democracia, pelos direitos trabalhistas (com a revogação da reforma executada pelos golpistas), pela geração de empregos, por melhores salários, em defesa da previdência pública, pela distribuição de renda e por justiça social.
Força à classe trabalhadora!
Diretoria da FENAJ