O jornalista Maurício Caleiro, doutor em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), afirma que o racismo no Brasil intensificou-se e ficou mais homicida. Ele conclui com base no Atlas da Violência 2020, publicado em agosto pelo IPEA e pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública).
Segundo Caleiro, o dado mais chocante é que, de 2008 a 2018, o número de assassinatos de pessoas negras aumentou 11,5%, enquanto o de outros grupos caiu 12,9%. “Ou seja, além de não acompanhar o restante da sociedade e melhorar, a situação se tornou ainda mais grave para os afrobrasileiros.”
De acordo com o Perfil do Jornalista Brasileiro, o percentual de pessoas negras entre os jornalistas é de apenas 23% – 5% pretos e 18% pardos -, portanto, inferior à metade da presença de pretos e pardos no Brasil (55,8% da população).
A falta de diversidade nas redações evidencia o racismo estrutural no país e dificulta o debate sobre a desigualdade entre negros e brancos. A mudança é necessária e urgente, e os desafios para o jornalismo e para os jornalistas são muitos.
Por isso, no Dia da Consciência Negra, o Sindjorce reforça o papel da categoria na construção de uma sociedade sem racismo. Uma mídia antirrascista é compromisso ético de todos os operários e operárias da notícia.
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