O Jornalismo e os Jornalistas têm compromisso com a Democracia e com o povo brasileiro. Nos últimos seis anos, no exercício de nossa profissão, testemunhamos e denunciamos as mazelas enfrentadas pelos brasileiros. Na linha de frente da pandemia, produzimos informações que contribuíram para orientar a população nos momentos mais difíceis. Denunciamos o descaso que levou o Brasil a ser o terceiro país com o maior número de mortes por Covid-19.
Apesar de nosso papel essencial, nos últimos quatro anos, entramos para o lamentável ranking dos profissionais mais perseguidos do mundo. Fomos constantemente ameaçados, agredidos física e virtualmente, assediados e impedidos de exercer nosso ofício – sobretudo as mulheres jornalistas. O mais grave: essa violência contra a nossa categoria foi estimulada e praticada justamente pela maior autoridade do país: o atual presidente da República.
O Brasil não pode, e não merece, conviver com o atraso, com a apologia à tortura, com pedidos de retorno à ditadura, com o desrespeito às instituições democráticas, com o desgoverno e com a desesperança.
Diz o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros: “É dever dos/as jornalistas opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
Com base nestes preceitos basilares que organizam a nossa profissão e entendendo o grave momento por que passa o nosso país, onde não cabem posturas omissas, nós, jornalistas cearenses, afirmamos, neste segundo turno das eleições presidenciais, que a única candidatura que tem condições de derrotar o neofascimo e o atraso é a de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Não se trata de escolher entre uma ou outra candidatura, como nos fazem crer editoriais de veículos de comunicação anti-povo. Trata-se de decidir entre a civilização e a barbárie. O Brasil precisa virar essa triste página de sua história.
Depositemos nas urnas, no próximo dia 30 de outubro, a esperança na retomada dos direitos da classe trabalhadora, a soberania nacional, as políticas públicas voltadas aos mais vulneráveis, as liberdades de expressão e de imprensa, o direito ao livre exercício profissional de jornalistas, o respeito internacional e a dignidade do nosso povo.
Vamos juntas/os em defesa do povo, do Jornalismo, dos jornalistas e da Democracia!
Fortaleza, 07 de outubro de 2022
Aprovada em Assembleia Geral Extraordinária dos Jornalistas do Ceará realizada em 07 de outubro de 2022.