Ceará Criolo lança campanha de financiamento coletivo

Às vésperas de completar três anos no ar, o Ceará Criolo lança sua primeira campanha de financiamento coletivo. Com isso, quem acompanha o portal ou curte os conteúdos postados nas mídias digitais pode ajudar a manter esse trabalho vivo e com a qualidade que marca a página desde o seu lançamento, em 23 de outubro de 2018.

A plataforma Catarse é quem hospeda a campanha. É possível colaborar de três formas: com R$ 10, R$ 25 e R$ 50 mensais. Cada uma oferece vantagens diferentes ao apoiador, que pode pagar por boleto bancário ou cartão de crédito. Para participar, clique aqui.

“Ser um portal de comunicação antirracista num estado como o Ceará, que nega a existência do povo negro, é desafiador. Ter um perfil independente, então, torna a questão ainda mais complexa. Porque isso implica estar fora dos grandes acordos que mantêm a imprensa convencional viva. Como nossa proposta sempre foi ir na contramão do que os grandes portais fazem, que é estereotipar a negritude, a participação do público do Ceará Criolo neste momento é fundamental. A gente só vai conseguir continuar fazendo o jornalismo que fazemos se permanecermos sem amarras”, destaca o editor de conteúdo do portal, jornalista Bruno de Castro.

A campanha de financiamento coletivo marca uma nova fase do Ceará Criolo. Além de integrar a Black AdNet, uma rede de publishers brasileira exclusivamente negra, o primeiro portal negro e antirracista do Ceará é o único veículo cearense – da imprensa convencional ou não – membro da Google Creators. O projeto é financiado pela Google e formado por criadores digitais de todo o país, que monetizam produzindo conteúdo numa plataforma piloto exclusiva da empresa.

“A Google nos convidou para compor a Creators e tem sido uma experiência incrível. A troca com produtores de conteúdo de todo o país é imensa, que nos faz conhecer diversas realidades e ideias de expansão na atuação. Foi uma validação muito importante pra gente pensar em novas formas de captação de recursos e novos produtos. Quem acompanha o Ceará Criolo espera sempre material de qualidade. E o momento atual do portal é de promover comunicação antirracista no máximo de plataformas que consigamos estar. Temos pelo menos três novos projetos para lançar ainda este ano”, antecipa a publicitária Jéssica Carneiro.

A campanha de financiamento coletivo do Ceará Criolo é fixa e o leitor pode colaborar a qualquer momento, com o valor que couber no bolso. “Tem muita história boa acontecendo pelo mundo pra gente contar. O portal cresceu muito nos últimos meses e isso renova o fôlego pro trabalho continuar sendo feito. De um projeto despretensioso nascido três anos atrás, o Ceará Criolo se transformou num lugar de encontros. E a gente está muito feliz com tudo o que tem acontecido, com todos os retornos que a gente recebe. É bom saber que nossa comunicação antirracista ecoa por aí”, finaliza o jornalista Rafael Ayala.

NOSSA HISTÓRIA
Ceará Criolo nasceu em 23 de outubro de 2018 como um dos produtos do curso “Abdias Nascimento: Comunicação e Igualdade Racial”, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce). À época, os jornalistas Bruno de Castro e Rafael Ayala e as publicitárias Jéssica Carneiro, Tatiana Lima e Rayana Vasconcelos lançaram a primeira versão do portal, o primeiro do Ceará com proposta antirracista e formado por comunicólogos de formação.

Com pouco mais de um mês no ar, o Ceará Criolo ganhou o primeiro prêmio. Concorreu com outros 11 projetos de diversas plataformas e foi eleito o melhor produto de comunicação antirracista do Ceará de 2018. No ano seguinte, competindo com materiais de veículos da grande imprensa, o portal foi um dos vencedores do I Prêmio MPCE de Jornalismo. O reconhecimento foi em razão da publicação Vidas Negras Importam, um especial sobre suicídio, que naquele mesmo ano também ficou em terceiro lugar no V Prêmio de Jornalismo da Prefeitura de Fortaleza, igualmente concorrendo com portais de grande financiamento e estrutura.

Em 2020, o Ceará Criolo venceu o I Prêmio Maria Neusa de Jornalismo, promovido pela agência Alma Preta exclusivamente para enaltecer o trabalho profissional de jornalistas não-brancos. A reportagem “24 candidatos a prefeito em capitais do Nordeste alteram raça; quase metade do branco para negro” foi uma das 150 reconhecidas pela iniciativa.

Já em 2021, a coletânea Quilombo Acadêmico foi um dos finalistas do IV Prêmio ABMES de Jornalismo. Composto por 14 reportagens, o especial discute a presença de negros no ensino superior brasileiro e as demandas decorrentes disso.

Tudo isso faz do Ceará Criolo a iniciativa de comunicação antirracista mais premiada do Ceará. Hoje, o portal é mantido pelos jornalistas Bruno de Castro e Rafael Ayala e pela publicitária Jéssica Carneiro, e conta com a colaboração de profissionais de outras áreas, que atuam como colunistas. A atualização do portal é feita diariamente, de forma voluntária. Em agosto, o site bateu recorde de acessos, com mais de 65 mil visualizações de página.

Fonte: Ceará Criolo


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