Custo da cesta básica em Fortaleza sobe 4,89% em janeiro

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A cesta básica em Fortaleza encerrou janeiro deste ano custando R$ 607,35, uma alta de 4,89% em relação ao valor de dezembro passado. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o trabalhador cearense levou em média 11 horas e 15 minutos de tempo de trabalho para adquirir os itens essenciais de alimentação da cesta mais entre as capitais do Nordeste. Na comparação com janeiro de 2021, a cesta básica da Capital cearense acumula alta de 13,96%.

Levando em consideração os valores dos pisos salariais de jornalista praticados no Estado, o salário de quem trabalha em mídia impressa, de R$ 2.241,39 para quem trabalha cinco horas por dia, só dá para comprar 3,6 cestas básicas com o valor de janeiro de 2022. Quem trabalha em mídia eletrônica ganhando o piso de R$ 2.881,43 consegue comprar 4,7 cestas básicas de Fortaleza. Os números reforçam os argumentos das campanhas salariais da categoria no Estado.

“Temos sempre reforçado, em nossas campanhas salariais, um apelo humanitário ao patronato para a grave situação de perda do poder aquisitivo dos jornalistas cearenses”, comenta o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Rafael Mesquita.

Alta generalizada no país

Em janeiro, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 16 das 17 capitais
onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas ocorreram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%).

São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 713,86), seguida
por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto
Alegre (R$ 673,00). Entre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é
diferente das demais capitais, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 507,82), João Pessoa (R$ 538,65) e Salvador (R$ 540,01).

A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre os preços de janeiro de
2022 e os de janeiro de 2021, mostrou que as maiores altas acumuladas ocorreram em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%). As menores variações acumuladas foram registradas em Florianópolis (6,79%) e Belo Horizonte (6,85%).

Salário mínimo necessário

Em janeiro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 5.997,14 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em dezembro de 2021, quando o piso nacional equivalia a R$ 1.100,00, o mínimo necessário calculado pelo Dieese ficou em R$ 5.800,98 ou 5,27 vezes o piso em vigor e, em janeiro, em R$ 5.495,52, ou 5,00 vezes o valor vigente.

O salário mínimo necessário é calculado com base na cesta mais cara (em janeiro, foi a de São Paulo), e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Fonte: Dieese

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