Dia do Jornalista será comemorado com Ato Político Cultural “Resistir e Lutar” e Tributo a Belchior

O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) realiza, no dia 7 de abril (sexta-feira), às 19 horas, Ato Político Cultural “Resistir e Lutar”, em comemoração ao Dia do Jornalista.  Na ocasião, o cantor Di Holanda apresenta o pocket show Tributo a Belchior, reinaugurando o Espaço Cultural SindBar.

A luta

“Desafiando o estado de exceção não declarado – em que jornalistas são demitidos por fazerem seu trabalho e o sigilo da fonte já não é mais respeitado -, é hora de somar forças e seguir na luta contra os ataques ferozes aos direitos de toda a classe trabalhadora”, afirma a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

Congelamento de gastos públicos, reforma do ensino médio, terceirização indiscriminada, reforma trabalhista e a ameaça de desmonte da previdência pública fazem parte do conjunto de maldades do governo ilegítimo. Paradoxalmente, é nesse contexto nefasto que o jornalismo profissional vem sendo desvalorizado, ou seja, no momento em que é mais necessário à sociedade.

Com as reiteradas demissões em massa e a propalada crise das empresas de Comunicação – muito em parte provocada pela sua falta de credibilidade e pelo fato de terem abdicado dos princípios norteadores da atividade jornalística -, aumenta o medo da categoria. Mas é importante que os jornalistas se conscientizem de que, se não houver ações de resistência, nenhuma esperança é possível.

“Precisamos lutar contra os abusos de poder, em defesa do estado de direito e da manutenção dos direitos dos trabalhadores. É fundamental participar das diversas ações organizadas pelas centrais sindicais e movimentos sociais para reunir todos os trabalhadores contra os retrocessos. “Resistir e Lutar”, é o tema do nosso ato político. Porque, como cantou Belchior, amar e mudar as coisas, interessa mais!”, completa a presidente.

O show

O Tributo a Belchior se concretiza na elaboração e apresentação de um espetáculo musical, tendo como repertório base o disco “Alucinação”, composto pelas canções “Apenas um Rapaz Latino-Americano”, “Velha Roupa Coloria”, “Como Nossos Pais”, “Sujeito de Sorte”, “Como o Diabo Gosta”, “Alucinação”, “Não Leve Flores”, “À Palo Seco”, “Fotografia 3×4” e “Antes do Fim”. Lançado em 1976, o álbum é considerado um grande sucesso da música popular brasileira, por suas letras poéticas e provocantes, acordes harmoniosos e arranjos criativos. O repertório da apresentação também será composto por sucessos gravados por Belchior e lançados em momentos diversos de sua carreira, como “Medo de Avião”, “Paralelas”, “Galos, Noites e Quintais”, “Tudo Outra Vez”, “Coração Selvagem”, “Divina Comédia Humana”, “Hora do Almoço”, “Mucuripe”, entre tantos outros.

A música popular elaborada no Ceará tem encantado palcos mundo afora. Seja pela letra, melodia rica, ritmos variados ou harmonias agradáveis, inúmeras são as obras musicais de cearenses que ganham os ouvidos, os corações e as mentes de milhões de pessoas. O ano de 2016 guardou datas relevantes nesse contexto, pois marcou os 40 anos do disco Alucinação, de Belchior, que, no mesmo ano, somou 70 anos de vida e criatividade em prol da arte. Revisitar criador e criação torna-se, então, prática justa de difusão e pedagogia sobre uma identidade cultural.

Acolher e fortalecer a produção artística local é uma missão a ser encampada de forma conjunta por toda a sociedade. Seja reverenciando ícones consagrados, criando espaços para as novas gerações de artistas, ou mesclando ambas as experiências, a comunhão entre ideias e propósitos de ação é instrumento imprescindível no processo de democratização do acesso à cultura e também de valorização do artista.

 


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