Em assembleias, jornalistas cearenses aprovam contribuições para manter o Sindicato

Os jornalistas cearenses deram uma grande demonstração de apoio ao seu Sindicato (Sindjorce), aprovando, por meio de assembleias, propostas para enfrentar as dificuldades financeiras da entidade laboral. Uma das medidas aprovadas por unanimidade pela categoria, nas assembleias realizadas no dia 15 de fevereiro, foi a adesão dos jornalistas ao pagamento da contribuição sindical anual.

A contribuição sindical, também conhecida como Imposto Sindical, equivale a um dia de trabalho. Ela foi tornada opcional pela lei da reforma trabalhista, numa alteração que está sendo questionada judicialmente por diversas entidades. E já há interpretação de tribunais de que a assembleia da categoria é a instância legítima para decidir sobre o assunto.

O enfraquecimento financeiro dos sindicatos é parte do projeto político para retirar direitos dos trabalhadores, posto em prática pelos partidos que chegaram ao governo após o impeachment de 2016. As mudanças draconianas na legislação trabalhista atendem aos interesses dos patrões, inclusive os proprietários de empresas de comunicação, que estão na linha de frente do golpe para vender à população as reformas reacionárias.

“Não resta outro caminho aos jornalistas – como a todos os trabalhadores – senão o de se unirem e lutarem em defesa dos seus direitos. A adesão às iniciativas de sustentação financeira do Sindicato é portanto um posicionamento político”, afirma a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

Despesas e receitas

O Sindjorce funciona com uma estrutura enxuta, sendo o pagamento da folha de funcionários e as assessorias jurídica, contábil e econômica as principais despesas. Há oito anos, eram quatro funcionários, hoje são apenas dois.

Há mais de um ano, a diretoria vem adotando medidas frente a este novo cenário de crise financeira, como a renegociação de contratos e a redução de despesas com materiais e fornecedores. Tudo isso, sem deixar de fazer a ação sindical, com a realização das campanhas salariais de mídia impressa e eletrônica, a interiorização das atividades, cursos e eventos, como o Congresso Extraordinário, que serviu de balizador das ações em prol dos jornalistas.

O Sindjorce arrecadou R$ 198.097,20, enquanto gastou R$ 248.081,30, ao longo do ano passado. Dentre as principais despesas, em 2017, estão: Pessoal (R$ 48.205,99); Assessoria Jurídica (R$ 22.898,40); Assessoria Contábil (R$ 12.884,00); Água, energia, Internet e Telefone  (R$ 14.392,58).

Redução da inadimplência

Outra medida adotada pela Diretoria, com o aval da categoria, foi o lançamento do Programa Especial de Quitação de Anuidades, aprovado em assembleia realizada no dia 29 de novembro de 2017. A iniciativa visa a reaproximação de associados que estão inadimplentes com suas obrigações sindicais. Pagando apenas uma anuidade, com 30% de desconto á vista ou 20% parcelado, o jornalista quita débitos anteriores.

Faz parte da medida o compromisso dos associados de serem pontuais nos próximos pagamentos. O profissional freelancer/autônomo paga 50% da anuidade referente à contribuição de jornalista de mídia impressa. “Todas as regras aprovadas pela categoria mostram a disposição de trazer de volta aqueles que se encontraram, em algum momento, sem pagar o sindicato”, comenta Samira de Castro.

Para negociar o débito, o sócio do Sindjorce precisa entrar em contato através do e-mail: secretaria2@sindjorceorg.br pedindo o levantamento de sua situação e atualizando seus contatos pessoais (endereço, telefone, e-mail e local de trabalho). Na sequência, nossos funcionários entram em contato para as providências de regularização de mensalidades.

A renegociação de débitos também pode ser realizada na sede do Sindjorce, no endereço Rua Joaquim Sá, 545 – Dionísio Torres – Fortaleza/CE. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone: (85) 3247-109 ou pelo WhatsApp: (85) 98970-8634.

Sindicalização permanente

O Sindicato não atua em defesa apenas dos jornalistas sindicalizados, nem tampouco dos sindicalizados em dia, mas sim de todos os jornalistas, incluindo os inadimplentes e também os não sindicalizados. “Por isso, é importante que os colegas não sindicalizados autorizem o desconto da Taxa Assistencial, aquela que é repassada após o fechamento das convenções coletivas de trabalho”, reforça o secretário-geral, Rafael Mesquita.

O ato de contribuir para o seu sindicato é político e reforça a necessidade de manter a organização que luta essencialmente por direitos, seja para mantê-los, seja para ampliá-los. Quando se sindicaliza, o jornalista passa a contribuir mensalmente, para ter acesso a serviços como a assessoria jurídica especializada, os convênios e os descontos em atividades do Sindjorce, como cursos, congressos e demais eventos, além das carteiras da FENAJ e da FIJ.

Por isso, o Sindjorce realiza campanhas de sindicalização permanentes. Em 2017, foram visitadas as redações do Grupo O Povo, Câmara Municipal de Fortaleza, jornal O Estado e assessorias de imprensa. Além disso, o sindicato levou os serviços de sindicalização e emissão de carteiras ao Cariri (Crato e Juazeiro do Norte) e Sobral.

Fontes de manutenção do Sindjorce

Mensalidades (2% do piso da função que o jornalista exerce, conforme o Estatuto)*

Impresso: R$ 43,06

Rádio & TV: R$ 51,68

Assessoria de Imprensa/Comunicação: R$ 75,24

*Se o jornalista comprovadamente não recebe o piso da respectiva função, ele contribui com a mensalidade que mais se aproxima do seu salário.

Se o profissional é freelancer, paga 50% da mensalidade de impresso.

Taxa Assistencial

5% por campanha salarial negociada (descontada em duas parcelas), aprovada em assembleias por locais de trabalho, valendo tanto para os sindicalizados quanto os não sindicalizados.

Contribuição/Imposto Sindical

Desconto de um dia de trabalho (conforme o salário), aprovada em assembleia, valendo tanto para sindicalizados quanto para não sindicalizados.

 

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