Enquanto o portal de notícias UOL veicula matéria informando que “o Palácio do Planalto repassou uma lista com nomes de deputados indecisos para que agentes do mercado e empresários auxiliem no convencimento a favor da reforma da Previdência”, as centrais sindicais aprovaram, em reunião nesta quarta-fera (31/01), a realização de uma Jornada Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência. A matéria tem votação prevista para 20 de fevereiro na Câmara dos Deputados.
Na oportunidade, as centrais repudiaram a campanha enganosa do governo Michel Temer para aprovar a Reforma da Previdência, inclusive com participação do golpista no programa de Sílvio Santos, no SBT, com grande audiência nas classes mais populares, no domingo (28/01). Deste forma, as centrais orientam para o próximo dia 19 de fevereiro um Dia Nacional de Luta.
Com a palavra de ordem “Se botar pra votar, o Brasil vai parar”, as centrais orientam suas bases a entrarem em estado de alerta e mobilização nacional imediata, com a realização de assembleias, plenárias regionais e estaduais, panfletagens, blitz nos aeroportos, pressão nas bases dos parlamentares e reforçar a pressão no Congresso Nacional.
As centrais sindicais conclamam suas bases a reforçar o trabalho de comunicação e esclarecimento sobre os graves impactos da “reforma” na vida dos trabalhadores e trabalhadoras. “A unidade, resistência e luta serão fundamentais para barrarmos mais esse retrocesso”, avaliam os dirigentes.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), convoca seus 31 sindicatos a mobilizarem suas bases contra a Reforma da Previdência e a integrarem a programação organizada pelas centrais sindicais nos Estados.
No 3º Congresso Nacional Extraordinário dos Jornalistas (Conej), realizado em dezembro, na cidade de Vitória/ES, jornalistas de todo o país se manifestaram contra as medidas do governo Temer, entre elas as chamadas contrarreformas trabalhista e previdenciária. Na Carta de Vitória, a categoria denuncia que o governo quer acabar com a aposentadoria pública para abrir um lucrativo filão para os bancos, condenando a população brasileira a trabalhar até o fim da vida. Deixa claro, ainda, que a FENAJ e seus sindicatos permanecerão em alerta para se somar a uma nova greve Greve Geral articulada pelas centrais sindicais.