Jornais se posicionam nesta quarta sobre proposta de acordo

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Bancada patronal atenta à fala do procurador Gérson Marques

Encerra nesta quarta-feira (25), ao meio-dia, o prazo dado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para os jornais do Ceará responderem à proposta de um reajuste linear de 1,5% acima da inflação para o piso dos jornalistas e salários acima do piso, percentual a ser pago no mês de dezembro.

Os jornais Diário do Nordeste, O Povo e O Estado aceitam o percentual somente para o piso salarial e propõem apenas 1% de ganho real para demais salários.

“Levando em consideração que 70% dos empregados do jornal O Povo ganham apenas o piso, o impacto na folha de pagamento será mínimo, já que apenas 30% dos jornalistas ganham acima do piso”, argumentou o procurador do Trabalho, Gérson Marques.

No jornal o Estado, o impacto da proposta é ainda menor, tendo em vista a maioria esmagadora dos profissionais também receberem apenas o piso salarial.

“E no Diário, a situação não é muito distinta, pois os salários só são maiores porque os jornalistas têm horas extras pré-contratadas”, explicou o assessor jurídico do Sindjorce, Carlos Chagas.

Impacto na folha é ínfimo                                         

“Sem falar que os jornais já adiantaram um reajuste linear de 6%. Então, aplicar a diferença para chegar em 7,95%, proposta defendida pelo Ministério Público, é apenas uma questão de boa vontade das empresas. O impacto financeiro é ínfimo”, reforça a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

A proposta do MPT de reajuste linear de 7,95% elevaria o piso salarial para R$ 1.865,00, um aumento de R$ 137,00 em relação ao piso anterior. Se dividido por 30, o reajuste no piso significa um aumento salarial de menos de R$ 5,00 por dia.

Recusada Convenção com vigência de dois anos

A proposta de 1,5% de ganho real linear foi apresentada na última segunda-feira (23), depois de o advogado do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais (Sindjornais), Raimundo Feitosa, informar que os donos das empresas não aceitaram a sugestão do MPT de celebrar uma Convenção Coletiva de Trabalho com vigência de dois anos (2014/2015).

A proposta rejeitada consistia em os trabalhadores aceitarem 1,5% para o piso e 1% para demais salários, retroativos à data-base de 1º de setembro de 2014, desde que os jornais aceitassem um ganho real linear de 2%, retroativo a 1º de setembro de 2015. 

Se os jornais aceitarem a proposta do MPT, o Sindjorce irá submetê-la à assembleia da categoria com o compromisso de defendê-la na base. Caso contrário, o sindicato laboral vai insistir no pedido feito ao MPT de acesso aos balanços financeiros dos três maiores jornais do Estado.

Os documentos serão analisados pelos economistas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para aferir se o percentual de reajuste oferecido pelos jornais aos jornalistas é compatível com os lucros obtidos pelas empresas nos últimos anos.


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