Sindjorce e FENAJ repudiam demissões no Diário do Nordeste

12301646_926746044027752_3905707419970921022_nO Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar as demissões sem justa causa de dez jornalistas do Diário do Nordeste, ocorridas na sexta-feira, dia 13 de novembro.  Também foram dispensados três estagiários de Jornalismo e 14 funcionários do Departamento Comercial. Fala-se em 50 demissões no veículo, incluindo trabalhadores de outros setores.

Alguns jornalistas foram demitidos por telefone, numa total falta de respeito com os profissionais. Aos demitidos e aos que ficaram, nada foi oficialmente dito sobre o motivo das demissões ou sobre a possibilidade de novas dispensas. O clima na redação do maior jornal do Estado, gerado pela desinformação e falta de diálogo com a chefia, é de medo.

A dispensa imotivada de um elevado número de profissionais da redação coincide com o anúncio da mudança nas escalas de plantões aos fins de semana. Segundo os jornalistas, a alteração deve acarretar em aumento médio de 14 horas/mês na carga horária dos profissionais. Resta claro que o enxugamento está intrinsecamente ligado ao aumento de jornada, maximizando a velha política das empresas jornalísticas de “fazer mais com menos”.

A propriedade cruzada – prática na qual um mesmo grupo empresarial detém vários de veículos de comunicação – pelo Sistema Verdes Mares está relacionada com a precarização das relações de trabalho em todas as empresas do grupo. Há meses, os repórteres do Diário do Nordeste passaram a produzir para o portal de notícias, sem receber qualquer tipo de adicional.

Em 2014, o Diário do Nordeste demitiu 19 jornalistas sem justa causa, segundo balanço das homologações que passaram pela assessoria jurídica do Sindjorce. Em 2015, foram 16 demissões até outubro. Somadas às 10 anunciadas na semana passada, foram 45 profissionais dispensados sem justa causa pelo maior veículo de comunicação impressa do Estado em menos de dois anos, uma média superior a duas demissões imotivadas por mês.

A redução de postos de trabalho – e a consequente sobrecarga para os que ficam – ameaça o produto final do veículo de comunicação: a notícia com qualidade. Afinal, como fazer jornalismo sem jornalistas?  A consequência de tais demissões é a precarização da qualidade da informação, fazendo o veículo perder credibilidade.


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