Em face de uma possível paralisação dos jornalistas de mídia impressa, o Ministério Público do Trabalho (MPT) reabriu a mesa de negociação da Campanha Salarial 2015/2016 de Jornais e Revistas e apresentou, na última terça-feira (13 de dezembro), aos representantes de patrões e empregados, uma proposta de reajuste para fechamento da CCT com data base retroativa a 1º de setembro de 2015.
A proposta do procurador do Trabalho, Gérson Marques, é de que as empresas reajustem em 9,88% o salário dos jornalistas em dezembro de 2016, aplicando uma correção de 5% sobre o salário de setembro de 2015 a novembro de 2016. Esses 5% referentes ao retroativo seriam pagos em três parcelas, nos meses de fevereiro, março e abril de 2017.
A proposta do MPT abrange, ainda, a Campanha Salarial 2016/2017, estabelecendo que as partes voltem a negociar em “momento oportuno, ficando de logo acertado que já estariam quitadas as diferenças salariais relativas aos meses de setembro, outubro e novembro de 2016″, caso haja acordo entre as partes na proposta de 2015/2016.
Para a presidente do Sindjorce, Samira de Castro, a mobilização da base produziu efeitos concretos e resultou na reabertura das negociações no âmbito do MPT. ” A categoria mostrou que está insatisfeita com o tratamento dispensado pelos empresários. Não foi á toa que o estado de greve restou aprovado nas três redações”, disse.
A proposta do MPT será submetida a apreciação dos jornalistas e dos patrões, conforme designado em ata. Uma nova reunião de mediação acontece na sexta-feira, dia 16 de dezembro.
