Com profundo pesar, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) comunicam o falecimento do jornalista Francisco Alves Maia, 87 anos, ocorrido nesta quinta-feira (13/02), em decorrência de complicações de uma pneumonia. O velório deve começar no final da noite desta quinta-feira, na Funerária Ternura. Às 10 horas desta sexta-feira (14/02) haverá a missa de corpo presente. O sepultamento será no Parque da Paz.
Associado de número 285, Chico Alves, como era conhecido, foi vice-presidente do Sindjorce na gestão do também falecido Tancredo Carvalho. Sempre atuante na vida sindical, foi diretor do Departamento de Jornalistas Aposentados (2010/2013), Delegado junto à FENAJ (2013/2016) e integrante da Comissão Estadual de Ética (2016/2019). Foi também do Conselho Superior da ACI.
Natural de Limoeiro do Norte, foi numa rádio da cidade que Chico Alves iniciou sua carreira no jornalismo. Veio para Fortaleza cursar o antigo “científico”, quando foi convidado pelo então deputado federal Wálter Sá Cavalcante para trabalhar no jornal O Estado, onde permaneceu por seis anos. Fundou, juntamente com o senador Afonso Sancho, o jornal Tribuna do Ceará, do qual foi superintendente até a extinção do periódico, em 2001.
Chio Alves também trabalhou na Rádio Iracema e no Sistema Verdes Mares, sendo um dos pioneiros da televisão no Ceará. Foi diretor de Jornalismo da TV Cidade e fundador do jornal Litoral Leste. Na área de assessoria de imprensa, foi chefe da assessoria da Secretaria de Educação e do Gabinete do vice-governador, Joaquim de Figueiredo Correia. Foi assessor de imprensa da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado.
Apaixonado pelo jornalismo esportivo, integrou a delegação brasileira aos Jogos Mundiais Universitários de Moscou (Rússia); a delegação cearense aos Jogos Universitários de Salvador, Recife e Belém. Pertenceu ao Conselho Regional de Esportes do Ceará e foi diretor da APCDEC.
Chico Alves cursou Filosofia, Letras e Pedagogia na Faculdade de Filosofia do Ceará; Direito na Universidade Federal do Ceará (UFC) e Administração; fez curso de Política Exterior na Universidade de Hopping, em Nova Iorque. Foi, juntamente com Dário Macedo e Frota Neto, fundador do Clube da Imprensa do Ceará e seu primeiro presidente.
Foi diretor de RP do Círculo Militar de Fortaleza e delegado da Associação Cearense de RP junto à Federação Nacional. Designado pelo Ministério do Trabalho, integrou a Comissão de Revisão da DRT.
Para a diretoria do Sindjorce, “seu Chico” marca uma geração de profissionais com atuação em todos cargos da carreira, galgando, com seu trabalho, posições de destaque. Bem-humorado e ativo, era sempre uma voz respeitada nas reuniões semanais da diretoria e nos eventos do Departamento de Aposentados.
“Realizar a filtragem da notícia, saber se é verdadeira ou não, tenho a impressão de que esse é o principal problema que a imprensa e o jornalista enfrentam”, declarou Chico Alves, em entrevista publicada no livro História & Memória do Jornalismo Cearense, em 1998. Um alerta para as gerações de jornalistas, em tempos difíceis de notícias falsas e desinformação em massa.