Três jornalistas que foram agredidos no ato “Fora, Temer”, ocorrido na Beira-Mar, no dia 7 de setembro deste ano, prestaram testemunho nesta segunda-feira (28/11) na Controladoria Geral de Disciplina (CGD) da Secretaria de Segurança Pública. A CGD poderá ou não abrir sindicância contra os policiais envolvidos.
O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) formalizou a denúncia da agressão à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), que enviou o caso à CGD e esta convocou os jornalistas para darem esclarecimentos na manhã desta segunda-feira. Das 9h30 às 12h30, o diretor de Comunicação do Sindjorce, Nathan Camelo, acompanhou todo o processo testemunhal.
O Tenente-coronel Monteiro permitiu a presença do Sindjorce porque “pretende dar a maior transparência possível ao processo”, que ainda está no começo. Ele ouvirá outras testemunhas agredidas e a versão dos policiais para levar o caso à frente. Caso seja instaurada a sindicância, os policiais podem ser punidos.
Como foi a agressão
O jornalista Gabriel Gonçalves, do Coletivo Nigéria, foi atingido com um tiro de bala de borracha na perna, e o repórter fotográfico Matheus Dantas, do jornal O Povo, teve uma arma apontada para sua cabeça por um policial militar que ameaçou atirar caso ele fotografasse a prisão de um manifestante.
Já Yargo Gurjão, do Nigéria, foi alvo de spray de pimenta e balas de borracha. E Bruno Xavier, também do Nigéria, sofreu uma tentativa de atropelamento por um PM motorizado.