Sindjorce e FENAJ repudiam o posicionamento da SBCP-CE sobre a cobertura jornalística do caso Dalvo Neto

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público criticar o posicionamento da regional cearense da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que, em nota emitida após a repercussão da reportagem do Fantástico exibida no último domingo (10), que tratou das denúncias de ex-pacientes contra o médico cearense Dalvo Neto, lança ilações sobre o trabalho da imprensa na cobertura do caso.

No material jornalístico citado, pelo menos dez mulheres denunciaram complicações graves após a realização de cirurgias plásticas com o médico. O dominical da TV Globo ouviu relatos de pacientes que mostraram seus corpos deformados após procedimentos como prótese nos seios e abdominoplastia. Durante a reportagem, tanto Dalvo Neto, que atende em um consultório no bairro Aldeota, em Fortaleza, como entidades médicas, foram longamente ouvidos. No vídeo, o profissional denunciado nega ser responsável pelas sequelas.

Mesmo assim, a SBCP-CE proferiu o que segue: “Entendemos que as redes sociais e a mídia em geral são importantes meios de comunicação, entretanto postagens ou mesmo reportagens não conseguem mostrar os detalhes necessários para o julgamento completo de um caso. Reforçamos a importância de que a melhor forma e análise dos casos seja feita pela Justiça e os Conselhos Regional e Federal de Medicina”.

Reprodução de nota da SBCP-CE.

Para o Sindjorce e a FENAJ, a postura da organização profissional da classe médica, em relação ao trabalho da imprensa, é imprudente, haja vista que o fato é de interesse público e envolve a saúde das pessoas. Na matéria jornalística, foi garantido o direito ao contraditório, como preconiza a ética jornalística. O médico foi ouvido, teve a oportunidade de se explicar sobre as afirmações das pacientes, levando ao público todas as informações pertinentes ao caso. Portanto, é leviana a crítica à conduta profissional dos jornalistas e dos veículos de comunicação, até aqui guiada pela ética e organizada dentro dos preceitos que organizam o jornalismo, a saber: dedicação honesta à realidade objetiva dos fatos e dispostos numa exposição responsável, no seu devido contexto, destacando as suas relações essenciais.

Isto posto, solicitamos que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Ceará retifique urgentemente o seu posicionamento. Como entidade profissional, é imprudente a postura adotada neste caso em particular. Jornalistas, profissionais de mídia, devem ser o seu trabalho e suas prerrogativas respeitadas.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará

Federação Nacional dos Jornalistas


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