Cerca de 10 mil mulheres dos mais diversos coletivos, centrais sindicais, movimentos sociais, populares, estudantis e partidos políticos ocuparam as ruas da Praia de Iracema na tarde deste domingo (08/03), Dia Internacional de Luta das Mulheres. A marcha fez parte da programação do Festival 8 de Março – Pela vida das Mulheres Contra o Fascismo, Machismo, Racismo e LBTFobia – Em Defesa dos Direitos e da Democracia, e teve concentração no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A atividade foi encerrada com um ato político-cultural. Integrantes da Comissão de Mulheres do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), além do presidente da entidade, Rafael Mesquita, participaram do ato.
A programação iniciou às 14h nas tendas armadas no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura pela CUT, PT, PSOL, Sindicatos dos Bancários, Defensoria Pública do Estado do Ceará, Crítica Radical, Casa Transformar e Coletivo Filhas de Lilith. As mulheres puderam participar de oficinas de batucada, confecção de cartazes, lambes, customização de camisas, artesanato, lançamentos de livros e rodas de conversas.
Na tenda da CUT Ceará, o coletivo Casa de Cultura e Defesa da Mulher Chiquinha Gonzaga e o Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Por Direitos (MTD) organizaram uma exposição sobre violência contra a mulher. No espaço, as mulheres CUTistas também ministraram uma oficina de customização.
Mobilização nacional das jornalistas
“Lute como uma jornalista” foi a mensagem que as mulheres da categoria levaram para as ruas neste 8 de Março, diante de tantos ataques à profissão, sobretudo às mulheres. De norte a sul do Brasil, as integrantes da carreira somaram-se às mulheres dos movimentos sociais e sindicais em marchas, atos, protestos e atividades culturais, ampliando a luta contra o fascismo, o racismo, a LGBTIfobia, a violência de gênero e todas as opressões.
“Como todos os anos, 8 de março marca um dia historicamente significativo para celebrar, honrar e reconhecer o movimento global pelos direitos da mulher. É central que a luta feminista por igualdade e dignidade seja encampada também pelas jornalistas, sobretudo no contexto político pelo qual nossa categoria passa no Brasil”, afirmou a segunda vice-presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e diretora de Comunicação, Cultura e Eventos do Sindjorce, Samira de Castro.
A convocatória para que as jornalistas participassem das atividades programadas no 8 de março em seus estados e municípios partiu de deliberação da Comissão de Mulheres da FENAJ, integrada por representantes de 19 Sindicatos da categoria, em conjunto com a Executiva da entidade. A Federação também saiu com posicionamento público na sexta-feira (06/03) – 8 de Março: Pela vida das mulheres, é urgente derrotar o fascismo.
Desde o início do mês, a FENAJ divulga, em suas redes sociais, cards com dados sobre a mulher jornalista no mercado de trabalho e os principais problemas enfrentados por estas profissionais, como assédios moral e sexual e ataques nas redes sociais. “Diante dos recentes ataques sexistas, machistas e misóginos, resolvemos chamar o 9 de março como o Dia de Luta das Mulheres Jornalistas, conclamando as trabalhadoras a vestirem lilás e incorporarem a luta por dignidade e respeito”, completa Samira de Castro.
Com informações da CUT Ceará e da FENAJ